quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Justiça manda recolher revista que ataca prefeito do PT

Comentei aqui esta matéria de capa da revista, que chega de graça nas residências da zona sul de Belo Horizonte (por isso é que seu prejuízo foi nenhum ao ser recolhida das bancas, esqueceu-se de esclarecer o diretor citado abaixo). Se Viver não gosta de nepotismo, por que será que não denuncia o prefeito de Belo Horizonte, que entregou a gerência da organização da copa da máfi(f)a ao seu filho? Se não gosta de mau uso do dinheiro público, por que não denuncia que Lacerda já gastou quase R$ 900 mil alugando jatinhos? Ambos os fatos são motivo de ações movidas pelo Ministério Público. É o velho defeito da imprensa do capital, que denuncia todas as possíveis corrupções nos governos do PT, mas silencia contra os escândalos dos seus governantes: Aécio, Anastasia, Lacerda... Faz política, não faz jornalismo.

Do Comunique-se.
Com denúncias a prefeito, Justiça proíbe circulação de revista em BH
A direção da revista Viver Brasil teve que recolher das bancas de Nova Lima, município da Grande Belo Horizonte, a edição publicada no dia 26 de agosto, quando a Justiça aceitou a reclamação do prefeito Carlos Rodrigues (PT), de que a matéria de capa da publicação "afetava" a honra dele. O veículo de comunicação afirmou que o político "tem gestão recheada de supostas irregularidades envolvendo desvio de dinheiro público, nepotismo, superfaturamento de obras, e por aí vai". O diretor de redação da revista, Homero Dolabella, declara que todas as informações publicadas foram apuradas e tinham base nas denúncias feitas pelo Ministério Público Federal, Tribunal de Justiça de Minas Gerais e Polícia Federal. Relatora do requerimento de Rodrigues, a juíza Adriana Garcia Rabelo, da 1ª Vara Cível de Nova Lima, não concordou com o jornalista. "Extrapolou os limites da narrativa", definiu no relatório do caso. Como a decisão da juíza foi protocolada no dia 6, duas semanas depois da publicação da revista, Dolabella revela ter "retirado apenas alguns exemplares de Nova Lima", única cidade em que a liminar judicial é válida, além de excluir do saite o conteúdo referente ao prefeito. "Não tivemos prejuízo, não afetou nosso trabalho, mas não vamos aceitar este absurdo", disse ao Comunique-se.