Nota da CUT indica o caminho da mobilização dos trabalhadores para fazer prevalecer no governo federal a política contra a recessão e de aumento de salários e empregos, diante da crise econômica mundial do capitalismo. O piso salarial nacional dos professores é o ponto mais importante desse movimento, por suas repercussões na qualidade da educação pública. Um país democrático, com igualdade de oportunidades, começa pela educação pública de qualidade para todos. É impossível educação de qualidade sem pagamento decente aos educadores. Não é admissível que o governo Anastasia tenha dinheiro para gastar à vontade com a copa de 2014 e não tenha dinheiro para educação.
Do saite da CUT.
Resolução da Executiva Nacional da CUT: Aumento da pressão por ganhos reais de salário, apoio às greves e lutas em curso são prioridades da Central.A Executiva Nacional da CUT, reunida em São Paulo nos dias 13 e 14 de setembro de 2011, aprovou a seguinte resolução sobre conjuntura.
A crise econômica não se combate com ajuste fiscal
A crise capitalista internacional iniciada nos EUA em 2008 continua a se aprofundar com desaceleração e instabilidade econômica, particularmente nos Estados Unidos, Europa e Japão, e aumento do desemprego e da pobreza no mundo. O sistema financeiro internacional também continua sem mecanismos de controle e mantém-se o mercado especulativo fortalecido, através de políticas e programas de apoio dos governos que protegem o interesse dos grandes bancos em detrimento do salário, emprego e direitos de milhões de trabalhadores, trabalhadoras e jovens em todo o mundo. Além disso, a guerra continua sendo um poderoso e brutal mecanismo de ingerência sobre a soberania nacional de países periféricos, mantendo a indústria bélica como um importante setor de valorização do capital e destruição de forças produtivas, especialmente de vida humana. Ao mesmo tempo, persiste o discurso de solução para a crise baseada na política neoliberal que a gerou, buscando-se a redução da relação dívida/PIB com políticas recessivas e aperto fiscal, reduzindo a capacidade de planejamento e ação dos Estados. Na esteira da redução dos gastos públicos vem a pressão pelas reformas previdenciária e trabalhista para retirar direitos e desregulamentar as relações de trabalho, com arrocho salarial e diminuição dos investimentos em políticas públicas. Crise econômica não se combate com ajuste fiscal (sem qualquer mudança da estrutura tributária regressiva e injusta), privilégios à especulação, recessão e criminalização dos salários. Se até o momento a manifestação da crise no Brasil foi menos intensa, foi por ter sido enfrentada com maiores investimentos públicos, distribuição de renda e diminuição da pobreza, valorização do mercado interno e geração de empregos e renda, como a CUT e os movimentos sociais sempre defenderam, através de mobilização e pressão pela forte presença do Estado como indutor do desenvolvimento. (...) Contra o retrocesso, a CUT reafirma a necessidade de ocuparmos as ruas com grandes mobilizações e greves, disputando nossas propostas por um novo modelo de desenvolvimento sustentável, com distribuição de renda e valorização do trabalho para o Brasil. (...) Enfrentamento à crise se faz com a implementação do piso nacional da educação, destinação de 10% do PIB para a Educação, com o fim das privatizações dos aeroportos, com maior controle público sobre os setores estratégicos da economia nacional. Enfrentamento à crise se faz com a aprovação da Emenda 29, que destina maiores recursos para a saúde. (...) A CUT conclama sua militância a ampliar e fortalecer as campanhas em curso, como as greves dos trabalhadores da educação. Nesta quinta-feira, 15 de setembro, completa-se 100 dias de greve liderada pelo Sind-Ute contra a truculência do governo tucano Anastasia-Aécio de Minas Gerais. A CUT convoca suas entidades e todas as categorias a apoiarem a greve do Sind-Ute com mobilizações e solidariedade.
A íntegra.
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