quarta-feira, 23 de abril de 2014

O futuro da internet está no Brasil

Num encontro mundial que começa hoje. 
A internet é o centro da política mundial hoje. 
A questão é simples: os poderosos reacionários se sustentam cada vez mais na comunicação. Que, por sua vez, é controlada por meia dúzia de grupos empresariais.
A internet quebrou isso, porque criou um novo paradigma de comunicação, em que todos produzem, distribuem e consomem informações.
Ela cresce, enquanto a velha imprensa definha.
Os poderosos perdem o sono e muito dinheiro tentando controlá-la.
Mas a internet parece ser incontrolável, na sua essência: se for controlada, deixa de ser internet. 
É uma luta política em aberto. 
A vitória da internet é a vitória da liberdade, da democracia, do "povo".
Se ela for dominada, será a vitória da reação, do autoritarismo, da meia dúzia de corporações que dominam os governos e o mundo. 
Os dados foram lançados...

Da BBC Brasil em São Paulo
Encontro global inédito em SP busca modelo de governança da internet 
Maurício Moraes 

Por dois dias, a partir desta quarta-feira, o Brasil, mais precisamente São Paulo, se torna o centro da internet mundial. A cidade sedia a NetMundial, conferência considerada o pontapé inicial de um sistema de governança internacional da rede
O evento terá quase mil participantes de mais de 85 países, entre representantes de governos, universidades, setor privado e sociedade civil, que dariam um caráter "multissetorial" ao encontro, como os organizadores gostam de ressaltar. 
O encontro será aberto pela presidente Dilma Rousseff, que se empenhou pessoalmente em trazer a conferência ao Brasil. 
Dilma chega ao encontro ostentando o Marco Civil da Internet, aprovado em última hora no Senado após passar pela Câmara, em meio a disputas da base aliada e da oposição. A legislação, considerada avançada por especialistas, colocaria o país na vanguarda das discussões sobre o tema. 
A ideia do encontro ganhou fôlego após o escândalo que revelou um esquema de espionagem em massa do governo americano, denunciado pelo ex-colaborador da Agência Nacional de Informação dos Estados Unidos, a NSA.