Na crise capitalista iniciada em 2008, dois modelos de política governamental foram propostos aos países. O México seguiu o modelo que, no Brasil, foi defendido pelos tucanos; felizmente, eles não estavam no poder e não puderam implantá-lo.
Felizmente também outros países americanos seguiram o modelo brasileiro, defendido e implantado pelo PT, e que tirou milhões da pobreza e elevou outros milhões à classe média, gerando uma economia de pleno emprego.
Assim, o México se tornou quase uma ilha na América Latina, criando dois milhões e meio de novos pobres.
Em outubro os dois modelos se confrontarão na eleição presidencial brasileira. Caberá ao eleitor escolher mais uma vez o que prefere.
A grande questão da humanidade, hoje, não é crescimento -- que está destruindo o planeta -- e sim distribuição de riquezas. No entanto, se governos capitalistas não promovem a distribuição quando a economia está crescendo, o que dizer de quando está em recessão?
A crise econômica é, desde o século XIX, um mecanismo de concentração de renda. Quando ela termina, há sempre mais pobres e menos ricos, estes muito mais ricos do que antes. É o que acontece no México.
Da Rede Brasil Atual.
Fiel aos EUA e querido pelo mercado, México 'criou' 2,5 milhões de pobres após a crise
País responde por 83% dos latino-americanos lançados abaixo da linha de pobreza, segundo Banco Mundial. Nações que apostaram em fortalecimento do papel do Estado tiveram resultado oposto
São Paulo – Os dois primeiros anos da crise econômica que teve início em 2008 e ainda hoje prejudica as economias dos países desenvolvidos fizeram com que 3 milhões de latino-americanos fossem empurrados para a pobreza ou não conseguissem sair dela – desses, 83% são mexicanos, o equivalente a 2,5 milhões de pessoas. Os dados são de um estudo do Banco Mundial cuja íntegra será publicada em junho. O México foi um dos países da região que adotaram a receita ditada por Europa e Estados Unidos para lidar com os efeitos da crise: corte dos investimentos do governo em benefícios sociais e programas de criação de emprego e renda, além de pagar auxílios ao combalido mercado financeiro para salvar bancos da falência.
A diretora de Economia e Desenvolvimento Humano na América Latina do Banco Mundial, Margaret Grosh, uma das autoras do estudo, disse à Agência Efe que a queda dos trabalhadores à pobreza se deve à depressão econômica e à diminuição de renda. Ao mesmo tempo, um grande contingente que "teria saído da pobreza porque seus países estavam crescendo antes de 2008" não cruzou a linha pois a crise não os permitiu, afirmou Margaret.
"É importante considerar isso, porque quando apareceram os primeiros números de pobreza, a tendência foi pensar 'ah, a situação não é tão ruim', mas muitos poderiam ter abandonado a pobreza, e a oportunidade se perdeu", explicou.
A íntegra.