Este é o segundo alerta divulgado nos últimos dias.
Estamos como o sapo que não pula da panela enquanto a água vai esquentando lentamente. Morreremos todos fritos.
Há muito sabemos que produzir cada vez mais, em busca de um modelo de vida similar ao dos EUA, exige que tenhamos pelo menos mais dois planetas Terra...
Mas só temos este!
Aliás, somos parte dele, nascemos nele e evoluímos como parte da Natureza.
Mas o tratamos como se fosse um negócio a ser explorado.
A sobrevivência da humanidade exige que mudemos de mentalidade e, em vez de viver extraindo e destruindo tudo que é possível, em nome do "desenvolvimento", nos consideremos parte da Terra e desenvolvamos um modelo econômico que preserve o planeta e o ambiente sem o qual não podemos sobreviver. E que propiciemos isso para as futuras gerações: nossos filhos, netos, bisnetos...
Mas alguém, em 2014, acredita que essa mudança será possível?
As grandes empresas, que lucram com o "desenvolvimento", o governo dos EUA e outros que o seguem como cordeirinhos e a população mundial que quer consumir cada vez mais mudarão o rumo da História?
Quem se preocupa com o desaparecimento das abelhas? E no entanto elas são essenciais para a reprodução das espécies vegetais, as quais, por sua vez, são essenciais para a sobrevivência humana. Está tudo ligado e nós, humanos, somos parte do todo.
Meio ambiente precisa ser o ponto central de qualquer programa político hoje. No entanto, nem o PV tem um projeto político consistente, coerente.
Não se pode mais construir um prédio ou uma estrada sem pensar nas consequências ambientais; não se pode plantar nem construir uma hidrelétrica sem pensar no ambiente.
Mas isso só aparece nos discursos e desaparece nos dia a dia dos governos, das empresas e dos indivíduos.
Qual é a preocupação central dos governos, das empresas, da imprensa? Crescimento.
Crescimento significa mais destruição ambiental, quando precisamos, há muito tempo, é conter a destruição e revertê-la.
Mas todos pedimos, insensatamente: mais crescimento! Mais destruição!
Para as próximas gerações, estão reservadas catástrofes ambientais, falta de água, fome, guerras pelos recursos escassos e outras desgraças.
Do Diário do Centro do Mundo.
Aquecimento global ameaça café no Brasil, diz relatório da ONU
Alimento mais consumido pelo brasileiro, à frente do arroz e do feijão, o popular cafezinho pode perder o lugar cativo nas mesas de todo o país devido às mudanças climáticas.
Dados da segunda parte do quinto relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em inglês), divulgada nesta segunda-feira, revelam que o aumento da temperatura média global pode reduzir as áreas destinadas ao cultivo do grão, especialmente o da variação arábica, que responde por 70% da demanda global.
O impacto seria maior em países como o Brasil, maior produtor e exportador mundial de café.
Hoje, uma a cada três xícaras de café consumidas no mundo é produzida em solo brasileiro. Outros alimentos, como cacau e chá, também poderiam ser severamente afetados pela onda de calor.
A combinação de altas temperaturas e escassez de recursos hídricos diminuiria consideravelmente o cultivo do grão nos principais Estados produtores no Brasil, como Minas Gerais e São Paulo.
Nesses Estados, diz o IPCC, um aumento de 3ºC na temperatura global reduziria o potencial de cultivo das áreas destinadas ao plantio de café de 70-75% para 20-25%, enquanto que a produção em Goiás seria eliminada.
A íntegra.