Depois de destruída pelo prefeito Lacerda, a Praça da Savassi vai novamente ganhando vida. Quem dá vida aos lugares é a população.
A obra do prefeito foi terrível, o projeto executado, com aquelas ridículas fontes estão sempre estragando, os erros primários de faixas de pedestres terminando em postes imensos de sinais, arvores e canteiros, o encarecimento dos aluguéis que expulsou e continua expulsando comércios tradicionais, entre outros defeitos, quase mataram o lugar, mas a ocupação popular da praça aos poucos faz com que ela renasça.
Mesmo porque a Savassi está virando uma segunda Praça Sete, lotada de trabalhadores, que na hora do almoço buscam lugares para descansar.
Jovens de várias tribos também ocupam a praça à noite.
Os bares de comida baiana -- acarajé em BH, quem podia imaginar -- e outros tornaram o quarteirão do Café 3 Corações o mais frequentado, nas noites de sexta-feira.
Nas manhãs de sábado, horário máximo da praça, a principal atração é a feira dos pintores, cada vez mais numerosos.
Hoje eles estarão pintando ao vivo.
A Savassi é o ponto com vocação cosmopolita de Belo Horizonte, desafortunadamente prejudicada por um governo provinciano.
Fico imaginando o que pode ser a Praça da Savassi com um projeto arquitetônico bonito e um apoio cultural inteligente, numa administração municipal competente e preocupada com a qualidade de vida da população.
PS: Não houve a pintura ao vivo, hoje. Na praça, informava-se que será no próximo sábado, 12/5.