terça-feira, 1 de maio de 2012

1º de Maio: trabalhadores contra as soluções do capital para a crise

É o mínimo que se pode esperar. Os programas de "austeridade" nada mais são do que formas de concentração do capital às custas dos benefícios sociais conquistados pelos trabalhadores em mais de um século.

Do Opera Mundi.
Dia do Trabalho é marcado por protestos contra austeridade econômica em todo o mundo
Manifestantes pedem formas alternativas de combate à crise econômica
Agência Efe
As comemorações do Dia do Trabalho (1/5) estão sendo marcadas por protestos contra as medidas de combate à crise econômica em várias cidades do mundo. Neste ano, as movimentações ocorrem no momento em que vários governos tentam adotar pacotes de austeridade, que cerceiam boa parte da população do acesso a serviços de bem-estar social.
Na França, a cinco dias do segundo turno das eleições presidenciais, a campanha política domina as comemorações. Entidades sindicais do país programaram 280 protestos em várias cidades além de Paris. As centrais francesas prometem que não haverá mensagens políticas durante os protestos.
Na Grécia, as celebrações do 1° de Maio coincidem com uma paralisação geral que conta com a participação de funcionários públicos e privados de vários setores. Há protestos organizados ao longo do dia na Espanha e também em Portugal - países que vivem uma grave crise fiscal e que tentam implementar pacotes de austeridade. Espanhóis prometem manifestações em 60 cidades. Em Atenas, um protesto popular foi convocado por operários em greve. Ônibus, trens e metrôs da capital grega não funcionarão hoje, enquanto os trabalhadores de barcas e navios da Grécia, fundamentais para o turismo do país, cruzam os braços por quatro horas. Profissionais da área de saúde pretendem trabalhar com o mínimo de suas equipes nos hospitais públicos e privados. Na Grécia, os protestos ocorrem a cinco dias das eleições.
Na Rússia, o presidente eleito, Vladimir Putin, e o atual presidente, Dmitri Medvedev, participaram de um ato público em comemoração ao Dia do Trabalho. Em uma semana, Putin assume o governo em meio a controvérsias envolvendo sua eleição, que levanta suspeitas de fraude.
Em Havana, capital de Cuba, a celebração do Dia do Trabalho é uma das mais importantes do ano para o governo. Em Istambul, na Turquia, manifestantes, representando diferentes tendências políticas, também foram às ruas. Segundo autoridades do país, 20 mil policiais foram mobilizados para garantir a segurança na Praça Taksim, a mais importante da cidade.
Até 2010, protestos na Turquia eram proibidos. Na Praça Taksim, em 1° de maio de 1977, houve mortes e feridos durante uma manifestação considerada ilegal, que gerou um confronto entre manifestantes e policiais.
Em Jacarta, na Indonésia, cerca de nove mil manifestantes foram às ruas reivindicar aumento de salários. A Indonésia é o quarto país mais populoso do mundo, registrando uma das maiores taxas de crescimento econômico do planeta. Contudo, metade da população ainda vive abaixo da linha da pobreza. Passeatas também foram registradas no Timor Leste, nas Filipinas e em Hong Kong.