Foi feita por pessoas comuns (os "distraídos", como disse o secretário do governo demotucano). Com a internet e os equipamentos digitais portáteis, como celular, câmaras fotográficas, notebooks e outros, todos somos repórteres e há sempre alguém mais perto do fato do que um repórter da velha "grande" imprensa. O que falta ainda são novos veículos na internet produzidos por "novos" jornalistas onde todos possamos publicar, sem filtros. Os blogs suprem essa falta, parcialmente. Esta matéria mostra como esse novo jornalismo é feito e como a velha imprensa se apropria de conteúdos produzidos por repórteres "colaboradores" e gratuitos.
Foto do internauta TigVieira reproduzida pelo blog de Rosana Herman mostra que passageiros tiveram que sair pelas janelas dos vagões e andar sobre os trilhos do Metrô
Do Comunique-se.
Fotos de internautas e relatos de passageiros formam o noticiário sobre a colisão de trens em SP
Anderson Scardoelli
Na manhã desta quarta-feira, 16/5/12, portais da internet deram manchete ao acidente que ocorreu no Metrô de São Paulo – dois trens se colidiram na Linha 3 Vermelha (Itaquera – Barra Funda), o que deixou cerca de 50 pessoas feridas. O fato também teve destaque nos telejornais dedicado ao noticiário da capital paulista e região. Independentemente da mídia, a cobertura sobre o caso foi similar em muitos veículos de comunicação, que, além de conversar com autoridades, destacaram imagens e os relatos de passageiros. A colaboração de internautas foi usada pela versão online da Folha, que solicitou o envio de fotos e vídeos do acidente, que aconteceu próximo à estação Carrão, no Tatuapé, zona leste de São Paulo. O pedido deu certo, das 20 imagens relacionadas à colisão publicadas pelo saite, 13 foram enviadas por leitores. Rodrigo Sousa mandou uma foto à redação do portal; Bento Santarello, três imagens; e Denise Zonatto foi a principal "repórter fotográfica" da Folha, com o envio de 12 fotos que foram usadas pela edição. Não foi somente com conteúdo visual que internautas ajudaram a Folha. Passageiros foram ouvidos. A repórter Cristina Moreno de Castro entrevistou o professor Robson Fernando Gomes da Silva, de 29 anos. Ele disse que os dois trens que bateram estavam muito próximos antes de saírem da estação Penha. "Todo mundo começou a se desesperar. As pessoas caíram, as luzes apagaram, subiu cheiro de gás. Parecia filme de terror", contou Rafael, que, no entanto, assegurou que a batida não foi forte. Identificado como gerente de uma rede de lanchonetes, Fernando Aguiar foi outro passageiro do metrô que teve seu relato registrado na web. "Na hora, tudo passa pela cabeça, cheguei a pensar que o vagão podia explodir", disse ao R7. "Ninguém entrou com a gente para falar o que tinha acontecido. A pessoas começaram a entrar em desespero, principalmente, porque as portas não abriram. Ajudei a quebrar o vidro para poder sair", completou. Com blog hospedado no mesmo saite, Rosana Hermann reproduziu 12 fotos de internautas.
A íntegra.
Da Rede Brasil Atual.
Secretário de Alckmin diz que passageiros do metrô se feriram por estarem 'distraídos'
O acidente entre os trens do metrô na manhã de hoje (16), que deixou dezenas de feridos, segundo o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, foi causado por falha do freio automático. "A velocidade era baixa, semelhante à velocidade de quando os trens engatam. Algumas pessoas só se machucaram porque estavam distraídas", afirmou Fernandes.
A íntegra.