Luís Nassif e a Carta Maior desmontam a nova tabelinha entre a revista e o ministro do Supremo Tribunal Federal, aquele. Mais uma farsa. A revista afunda no seu "mar de lama" e evoca o Chapolin Colorado para salvá-la. Quem ainda acredita em Veja?
Da Agência Carta Maior.
Gilmar Mendes & Veja: a pauta do desespero
A revista que arrendou uma quadrilha para produzir 'flagrantes' que dessem sustentação a materias prontas contra o governo, o PT, os movimentos sociais e agendas progressistas teve a credibilidade ferida de morte com as revelações do caso Cachoeira. Veja sangra em praça pública. Mas na edição desta semana, tenta um golpe derradeiro naquela que é a sua especialidade editorial: um grande escândalo capaz de ofuscar a própria deriva. À falta dos auxilares de Cachoeira, recorreu ao ex-presidente do STF, Gilmar Mendes, que assumiu a vaga dos integrantes encarcerados do bando para oferecer um 'flagrante' a Veja. Desta vez, o alvo foi o presidente Lula. A semanal transcreve diálogos narrados por Mendes de uma inexistente conversa entre ele e o ex-presidente da República, na cozinha do escritório do ex-ministro Nelson Jobim. Gilmar Mendes -- sempre segundo a revista -- acusa Lula de tê-lo chantageado com ofertas de 'proteção' na CPI do Cachoeira. Em troca, o amigo do peito de Demóstenes Torres (com quem já simulou uma escuta inexistente da PF) deveria operar para postergar o julgamento do chamado 'mensalão'. Neste sábado, Nelson Jobim, insuspeito de qualquer fidelidade à esquerda, desmentiu cabalmente a versão da revista e a do magistrado. Literalmente, em entrevista ao Estadão, Jobim disse: 'O quê? De forma nenhuma, não se falou nada disso. O Lula fez uma visita para mim, o Gilmar estava lá. Não houve conversa sobre o mensalão; tomamos um café na minha sala. O tempo todo foi dentro da minha sala (não na cozinha); o Lula saiu antes; durante todo o tempo nós ficamos juntos", reiterou. A íntegra.
Do blog Luís Nassif Online.
A maior ameaça ao Supremo
Para
se expor dessa maneira, só há uma explicação para a atitude do Ministro
Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal): tem culpa no
cartório. Gilmar participou de duas armações anteriores com a revista
Veja: o "grampo sem áudio" (junto com seu amigo Demóstenes Torres) e o
falso grampo no Supremo. No primeiro caso, pode ter participado sem
saber. No segundo foi partícipe direto. Como se recorda, a revista abriu
capa com a informação de que havia sido detectada escuta em uma das
salas do Supremo. Serviu para uma enorme matéria sobre a "república do
grampo" e para a prorrogação da CPI. Tudo com o objetivo de derrubar a
Operação Satiagraha. Era falso. O relatório da segurança do Supremo –
entregue à revista por pessoas ligadas à presidência do órgão – não
indicava nada. Era um relatório banal, que havia captado alguns sinais
de fora para dentro. Entregue à CPI, o relatório foi publicado aqui e em
pouco tempo engenheiros eletrônicos desmontaram a farsa: como é
possível um grampo que capta sinais de fora para dentro? Era isso o que o
relatório indicava. O mais provável é que fosse um mero sinal de alguma
externa de emissora de televisão. E Gilmar-Veja conseguiram, com essa
armação, prorrogar uma CPI!
A íntegra.