Da série "Para onde vai o dinheiro público". Imprensa dos ricos protesta quando o dinheiro é para pobres, como no caso do Bolsa Família, mas nada diz quando é para empresários, exceto quando o veículo em questão tem diferenças com o beneficiado, como é o caso do bilionário pai daquele rapaz que atropelou e matou um ciclista dirigindo a 135 km por hora sua Mercedes-Benz SLR McLaren, carro de um novo tempo, que custa R$ 2,7 milhões. E é para esses ricos que vai o grosso do dinheiro público, como se lê aqui. Para que possam comprar novas Mercedes, Ferraris e helicópteros. A matéria não fala no "empurrão" dado pelo governo tucano de Minas, mas teve, mesmo porque o BDMG também sócio da empresa. Deve ter sido nas formas de isenção fiscal durante trinta anos, terreno de graça, obras também, água e energia subsidiada outros recursos públicos que os governos dão às empresas, usando o dinheiro dos impostos que todos pagamos e que deveriam estar sendo empregados em educação, saúde, transportes, segurança etc.
Da Agência Estado, 20/11/12
Governo banca nova fábrica de Eike
Six Semicondutores terá ajuda pública total de R$ 714 milhões; Planalto considera indústria estratégica, mas especialistas criticam gasto
Depois de mais seis meses de adiamentos, o projeto do governo de construção de uma fábrica de semicondutores no País foi anunciado ontem oficialmente. A Six Semicondutores, a mais nova empresa do grupo de Eike Batista, saiu do papel com uma forte ajuda do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável por mais da metade do investimento de R$ 1 bilhão.
Eike tem 72,5% do patrimônio nos Estados Unidos
Além de entrar com R$ 245 milhões para garantir uma fatia de 33% na sociedade, o banco ainda aprovou financiamento de R$ 267 milhões para a nova fábrica, que será construída no município de Ribeirão das Neves, em Minas Gerais, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Outro empurrão do governo veio na forma de financiamento da estatal Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que liberou à Six uma linha de empréstimo de R$ 202 milhões.
A nova fábrica, que tem previsão de começar a produzir em 2014, tem como sócios, além do BNDES e de Eike Batista (que também terá 33%), o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), a americana IBM e a Matec Investimentos e Tecnologia Infinita, do ex-presidente da Volkswagen do Brasil Wolfgang Sauer.
A íntegra.