Todos os políticos fazem campanha defendendo a educação, mas quando podem fazer alguma coisa por ela votam contra. Deputados se preocupam mesmo é em defender o dinheiro dos lobbies que os elegem: o agronegócio, os veículos de comunicação, as igrejas, as empreiteiras...
Quase todos os deputados mineiros votaram contra a educação, só os do PT votaram a favor (mas teve um, Miguel Corrêa, aquele que queria ser vice do Lacerda, que também votou contra).
Os deputados mineiros contra a educação são os seguintes:
Jairo Ataíde -- DEM
João Bittar -- DEM
Lael Varela -- DEM
José Humberto -- PHS
Antônio Andrade -- PMDB
João Magalhães -- PMDB
Leonardo Quintão -- PMDB
Mauro Lopes -- PMDB
Newton Cardoso -- PMDB
Paulo Piau -- PMDB
Saraiva Felipe -- PMDB
Dimas Fabiano -- PP
Luiz Fernando Faria -- PP
Renzo Braz -- PP
Toninho Pinheiro -- PP
Aracely de Paula -- PR
Bernardo Santanta Vasconcelos -- PR
Jaime Martins -- PR
Lincoln Portela -- PR
George Hilton -- PRB
Isaías Silvestre -- PSB
Júlio Delgado -- PSB
Diego Andrade -- PSD
Geraldo Tadeu -- PSD
Marcos Montes -- PSD
Walter Tosta -- PSD
Bonifácio Andrada -- PSDB
Carlaile Pedrosa -- PSDB
Domingos Sávio -- PSDB
Eduardo Azeredo -- PSDB
Eduardo Barbosa -- PSDB
Marcus Pestana -- PSDB
Paulo Abi-Ackel -- PSDB
Miguel Corrêa -- PT
Luiz Tibé -- PTdoB
Fábio Ramalho -- PV
Aqui a lista completa dos votos.
Da Agência Brasil.
Após rejeição dos destaques, projeto de lei dos royalties segue para sanção presidencial
Iolando Lourenço
Brasília – Com a rejeição de todos os destaques que pretendiam modificar o texto aprovado pelos deputados, a Câmara acaba de concluir a votação do projeto de lei do Senado que trata da redistribuição dos royalties do petróleo para estados e municípios.
Com isso, foi dispensada a votação da redação final e o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), anunciou que a matéria segue agora para sanção presidencial.
Com a queda do texto do relator na Câmara, Carlos Zarattini (PT-SP), que previa 100% dos recursos dos royalties para a educação no âmbito dos governos federal, estaduais e municipais, o presidente da Comissão de Educação da Casa, deputado Newton Lima (PT-SP), disse que também cai a vinculação dos recursos dos royalties à educação.
"Com a derrota do texto de Zarattini, cai a vinculação dos royalties à educação. Perde o nosso país e as futuras gerações", lamentou o deputado.
Da Agência Estado.
'País sai derrotado', diz especialista sobre veto a 100% dos royalties do petróleo para educação
Eduardo Bresciani
A Câmara aprovou nesta terça-feira, 6, o texto-base do Senado sobre o projeto que muda a distribuição dos royalties do petróleo. Foram 286 votos a favor e 124 contrários. Com isso, o texto segue agora para a sanção da presidente Dilma Rousseff.
O projeto do Senado, de autoria de Vital do Rêgo (PMDB-PB), diferente da proposta derrotada em plenário, de Carlos Zarattini (PT-SP), não traz vinculação de áreas em que os recursos devem ser gastos. Zarattini defendia que a totalidade da receita com royalties do governo federal, Estados e municípios teria de ser aplicada em educação.
"O País sai derrotado dessa luta", avalia Daniel Cara, coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. "O repasse das receitas dos royalties era uma das alternativas mais promissoras para a destinação de 10% do PIB para educação", afirma, referindo-se à meta estabelecida pelo Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado na Câmara em julho deste ano. O porcentual é quase o dobro do que é aplicado atualmente em educação no País.
Pela manhã, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, esteve na Câmara para defender a destinação integral dos recursos do pré-sal à educação pública. "O Brasil tem de aproveitar um dinheiro que nunca foi repartido para eleger uma prioridade, e a prioridade das prioridades é a educação", disse na ocasião.