A Europa destruiu suas florestas no século XVIII, os Estados Unidos destruiu as suas no século XIX. O desmatamento da Amazônia começou em outra época, quando a destruição provocada por europeus e americanos já era tanta que a consciência ambiental foi despertada. Ninguém ouve falar que os EUA estão replantando as florestas que derrubaram, muito menos a Europa, mas existe a preocupação mundial com a destruição da Amazônia. É um acontecimento similar ao "desenvolvimento": americanos e europeus atingiram um grau de riqueza e consumo que, transplantado agora para chineses, indianos, brasileiros e outros povos, levará a humanidade à catástrofe, porque seriam necessárias três Terras para fornecer matéria prima. E então os países "em desenvolvimento", do "terceiro mundo", "periféricos" e outras classificações que mudam ao longo do tempo, são obrigados a controlar seu crescimento. O "desenvolvimento" capitalista só funciona para poucos -- basta pensar em 7 bilhões de humanos dirigindo carros, cada um dono de uma frota inteira, como acontece nas casas das elites -- e leva a humanidade à autodestruição, porque não é possível continuar consumindo assim, porque não vai sobrar "mundo" para nossos filhos e netos, porque as condições ambietais que possibilitaram a existência humana estão desaparecendo, porque o capital não planeja nem se preocupa com o futuro e com os outros, só cuida de si mesmo e imediatamente. E é por isso que um novo sistema precisa ser implantado, se ainda houver tempo.
Da Agência Brasil
Taxa de desmatamento da Amazônia é a menor já registrada
Carolina Gonçalves
Brasília – A derrubada ilegal de árvores na Amazônia Legal atingiu a menor taxa anual de desmatamento desde que a região começou a ser monitorada pelo governo, em 1988. De acordo com os dados divulgados hoje (26) pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a expansão da área desmatada caiu de 6,4 mil quilômetros quadrados para 4,6 mil quilômetros quadrados por ano.
Os resultados se referem ao período de agosto de 2011 a julho deste ano comparado aos 12 meses anteriores. "É a menor taxa de desmatamento da história. Tem o grande marco que é jogar o desmatamento abaixo dos 5 mil quilômetros quadrados", comemorou a ministra.
"Ouso dizer que esta é a única boa noticia ambiental que o planeta teve este ano do ponto de vista de mudanças do clima. Em relação aos compromissos de metas voluntárias de redução de emissões estamos bastante avançados", acrescentou.
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