Jornal australiano publicou documento secreto do governo americano que inclui o criador do Wikileaks na lista dos "inimigos do Estado", a mesma em que esteve Osama bin Laden até ser encontrado e executado pelo exército dos EUA. Ou seja, como diz Paulo Nogueira, Assange é um "cabra marcado para morrer". Acontece que Assange não é terrorista, não empunha armas, não trama atentados. O que ele faz é informar a população mundial das tramas secretas dos governos, o que Wikileaks faz é lutar pela liberdade de informação. O fato desmascara a campanha anti-terror dos EUA e de quebra põe Barack Obama no mesmo time dos Bush. O próprio Osama bin Laden foi treinado pelos EUA e amigo, antes. Não existe princípios nem ideiais nas guerras que os EUA empreende, só negócios. Inimigo dos EUA é todo aquele que põe em risco os negócios do Estado,
isto é, ganhar dinheiro, inclusive -- principalmente? -- em guerras, o
maior dos negócios americanos, desde sempre. O Equador defende Assange. E no Brasil, quem o defende? Não a "grande" imprensa, que está sempre do lado dos poderosos e subserviente aos EUA.
Do Diário do Centro do Mundo.
Cabra marcado para morrer
Paulo Nogueira 27 de setembro de 2012
Um jornal australiano obteve um documento do governo americano em que Julian Assange e o Wikileaks são classificados como "inimigos do Estado".
A notícia está repercutindo em todo o mundo, e com razão.
"Inimigos do Estado" é a mesma categoria em que estão catalogados o Talibã e a Al-Qaeda, por exemplo. Na prática, pela legislação de segurança americana, significa que eles podem ser presos sem processo formal por tempo indeterminado.
Podem também ser executados. Mortos. Eliminados. Como se estivéssemos vivendo o seriado 24 horas.
Onde, no Brasil, o repúdio à perseguição movida pelo governo americano a Assange? Ninguém se importa com ele? Algum colunista brasileiro o defendeu? Assange foi alvo de um único editorial? Ou, por criticar os Estados Unidos, ele não pode ser defendido?
A íntegra.