Está em curso uma tentativa da direita de cooptar a presidente Dilma e jogá-la contra Lula e o PT. A velha imprensa protofascista e os demotucanos, que nunca engoliram o sapo barbudo, acham mais fácil aceitar Dilma, uma mulher que vem da classe média e não é petista histórica. Há algumas semanas, Veja publicou uma capa escandalosa, "O choque de capitalismo da Dilma", cuja matéria dizia mais ou menos que a presidente tinha aderido ao neoliberalismo, que a revista tinha tido acesso a documentos secretos contendo um choque de capitalismo no País, que o PT ia reagir a ele, que a Dilma precisaria de apoio e que Veja já adiantava esse apoio. Patético. Os tais documentos eram o programa de investimentos do governo federal anunciados na mesma semana, nada secretos. A revista que luta desesperadamente para não ser investigada por seu envolvimento com o crime organizado do Cachoeira -- e para isso conta com a solidariedade do restante da "grande" imprensa e de deputados demotucanos -- certamente procura se aproximar da presidente Dilma e negociar apoio ao governo. Agora, o ex-presidente FHC, que quanto mais o tempo passa mais mostra seus defeitos e seu ressentimento contra Lula, soma esforços à revista. O baixo nível dessa gente não tem limites. Dilma respondeu à altura. FHC podia ficar sem esta.
Do Blog do Planalto.
Recebi do ex-presidente Lula uma herança bendita, afirma Dilma Rousseff em nota oficial
A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (3/9/12), em nota oficial, ter recebido uma herança bendita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma afirmou ter recebido um país com economia sólida, crescimento robusto e inflação sob controle. Leia abaixo a íntegra da nota:
Citada de modo incorreto pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em artigo publicado neste domingo, nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, creio ser necessário recolocar os fatos em seus devidos lugares.
Recebi do ex-presidente Lula uma herança bendita. Não recebi um país sob intervenção do FMI ou sob a ameaça de apagão.
Recebi uma economia sólida, com crescimento robusto, inflação sob controle, investimentos consistentes em infraestrutura e reservas cambiais recordes.
Recebi um país mais justo e menos desigual, com 40 milhões de pessoas ascendendo à classe média, pleno emprego e oportunidade de acesso à universidade a centenas de milhares de estudantes.
Recebi um Brasil mais respeitado lá fora graças às posições firmes do ex-presidente Lula no cenário internacional. Um democrata que não caiu na tentação de uma mudança constitucional que o beneficiasse. O ex-presidente Lula é um exemplo de estadista.
Não reconhecer os avanços que o país obteve nos últimos dez anos é uma tentativa menor de reescrever a história. O passado deve nos servir de contraponto, de lição, de visão crítica, não de ressentimento. Aprendi com os erros e, principalmente, com os acertos de todas as administrações que me antecederam. Mas governo com os olhos no futuro.
Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil