sexta-feira, 8 de junho de 2012

O maior banco do mundo

De rodolitos, bem entendido. Outra pérola do JCastro. Vai com foto, mas não completo, pro leitor ter de ir ao original.


Foto publicada na "Folha do Meio Ambiente" de 22/5/2012.

Do Blog da Kika Castro.
Outro banco ameaçado
Texto de José de Souza Castro. 
Leio na "Folha do Meio Ambiente" que o banco de rodolitos está ameaçado pela acidificação dos oceanos e pelo aumento da sedimentação de origem costeira provocada principalmente pela dragagem e a mineração. Mas podem surgir outras formas de ameaça, considerando-se que esse banco, na verdade, é uma grande fábrica de carbonato de cálcio (CaCO3), o mineral que forma a carapaça de moluscos e crustáceos e o esqueleto dos corais. Vá que alguém descobre um grande valor econômico nesse mineral?Pesquisadores que estudaram a região calculam que o banco de rodolitos se estende por uma área de 20.900 quilômetros quadrados, equivalente a três vezes e meia o tamanho do Distrito Federal. Ali são produzidos anualmente 25 milhões de toneladas de CACO3, cerca de 5% da produção mundial de carbonato de cálcio.
Dito isso, convém explicar que o banco tem nome. É o Banco dos Abrolhos. E que rodolito é uma alga calcária de forma arredondada que se incrusta uma nas outras. O jornal de meu colega de faculdade José Silvestre Gorgulho (a reportagem pode ser lida AQUI) esclarece também, citando o coautor do estudo, professor Rodrigo Moura, da Universidade Federal do Rio de Janeiro:
"Encontrar o maior banco de rodolitos do mundo no Banco dos Abrolhos, aqui no Brasil, evidencia a extrema importância desta parte do Oceano Atlântico. Os rodolitos desempenham papel fundamental em um ecossistema marinho saudável, fornecendo habitat primário que pode abrigar diversas e abundantes comunidades de peixes e invertebrados de elevado valor comercial."
Nisso tudo, só acho infeliz chamá-lo de banco, pois banco costuma atrair ladrões – a começar pelos fundadores. Antes que algum banqueiro queira me processar, aviso que a ideia não é minha. Li por aí. Já foi publicada algumas vezes sem contestações.
A íntegra.