Dois lados.
Do Blog do Juca Kfouri
Galoucura gaúcha!
Se Cuca pediu por ser, desde os tempos de Grêmio, amigo de Assis, que é só amigo da onça e irmão de Ronaldinho, Cuca pirou de vez.
E Alexandre Kalil entrou na dele.
E, a se confirmar que Adriano também pode chegar, os dois, mais Jô, formarão um trio que Belo Horizonte jamais esquecerá.
Mas não será por dar o bicampeonato brasileiro ao glorioso Clube Atlético Mineiro.
Do blog do Caio Maia
Se fosse branco, Ronaldinho poderia se comportar como Aécio Neves
Alguém sabe que tipo de música rola nas baladas na casa de Thor, o filho com nome de Deus de história em quadrinhos de Eike Batista? Ou qual o som preferido das festas que dava o "piloto" Pedro Paulo Diniz? Alguma manchete do tipo "Techno varava a noite na mansão"? Na casa de Ronaldinho Gaúcho, porém, todos sabem. E não é coincidência que seja pagode, ritmo "de pobre", "de preto". Ronaldinho Gaúcho está muito longe de ser um modelo de comportamento. Mas não é, que eu saiba, padre, ministro da República ou apresentador de programa infantil. Exige-se dele, entretanto, o que nunca se exige de, digamos, Aécio Neves, ministros evangélicos ou Xuxa. O culto evangélico que impede o sono de um bairro é protegido por lei. O pagode, não. Alguém sabe, aliás, que som rola nas baladas que frequenta o quem-sabe-futuro-presidente Aécio Neves? Ou a que horas o senador chega ao trabalho? Aécio Neves é pago com dinheiro público. Ronaldinho, não. Nem com dinheiro público, nem com dinheiro privado. Exige-se dele, porém, comportamento modelo. Pelo simples fato de que é negro e milionário, e o Brasil aceita negros milionários, desde que "se comportem". Não consta, por exemplo, que público e mídia se chocassem enquanto o branco Kaká sustentava com sua fama e prestígio uma igreja dirigida por criminosos, certo?
A íntegra.