quinta-feira, 21 de junho de 2012

Maconha, Uruguai, Colômbia e EUA

A notícia abaixo não é o que parece, a começar pelo título absurdo: não cabe ao presidente de um país "rebater" a política de outro país. Na verdade, todos sabem que o presidente da Colômbia só mexe os lábios, quem fala é o presidente dos EUA. Não é estranho que o presidente colombiano diga que outro país não pode ter uma política própria para o combate ao narcotráfico? Por que a política tem de ser a colombiana (americana)? Por que o governo da Colômbia, um dos maiores produtores de maconha do mundo, não consegue coibir a produção? Por que seu "combate" ao narcotráfico não tem êxito, apesar de tantos "esforços" e tantos "investimentos"? Por que faz questão de monopolizar esse "combate"? Até o ex-presidente FHC, 81, sabe que maconha é um problema menor do bebida alcoólica e que a política de "combate" ao narcotráfico dos EUA e da Colômbia é um fracasso.

Do Último Segundo.
Colômbia rebate decisão do Uruguai de legalização controlada da maconha Anderson Dezan
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, rebateu nesta quinta-feira a decisão do governo uruguaio de apresentar um projeto de lei para a "legalização controlada" da maconha. Para o chefe de Estado colombiano, a venda de drogas é um problema internacional e não pode ser tratada de forma unilateral. A Colômbia é um dos maiores produtores de maconha do mundo e trava há anos uma guerra contra os cartéis do tráfico. "A decisões unilaterais não são as melhores. Esse é um problema que tem de ser enfrentado por uma comunidade internacional de países. Se um país legaliza a venda e outro não, temos um problema. Precisamos de foco comum no assunto e não individual", afirmou Santos, durante coletiva de imprensa na conferência Rio+20. "Somos o país que mais sofre com as consequências do narcotráfico", completou.
A íntegra.