quinta-feira, 21 de junho de 2012

Cooperativismo e desenvolvimento sustentável

Pesquisador traça panorama do cooperativismo no Brasil e diz que modelo é o mais adequado para o densolvimento sustentável. Lei da ditadura militar ainda em vigor emperra o setor.

De O Fluminense.
Cooperar e Construir como caminho alternativo  
Por Roberta Thomaz, 17/6/2012 
PhD em Análise Institucional e Políticas Públicas pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj) e especialista em Inovação Tecnológica e Social pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, Júlio Aurélio Viana Lopes defende o cooperativismo como o caminho mais seguro para a realização de interesses individuais, especialmente o trabalho e o consumo. Para incentivar o cooperativismo no Brasil, ele lançou o livro "Cooperativismo Contemporâneo: Caminho para Sustentabilidade", que contará também com uma versão em inglês para ser distribuída na conferência Rio+20.

Por que é importante investir em cooperativas?
As pesquisas comprovam que as cooperativas potencializam o desenvolvimento sustentável – econômico, social e ambiental – em todos os países e regiões onde se disseminaram, de modo que só há sustentabilidade real quando a cooperação é abrangente.
O cooperativismo também pode exercer uma função social? Numa amostra de 94 países analisados, quanto maior o setor cooperativo da economia, maior a igualdade social e o desenvolvimento humano. Mais cooperação traz, além de crescimento, menos desemprego e mais qualidade de vida.
Como associar o cooperativismo à sustentabilidade?
Não é preciso muita habilidade política para associá-los, já que a ética da sustentabilidade condena a pobreza como desperdício de talentos humanos, tanto para os pobres quanto para a sociedade, que deixa de aproveitá-los. Além disso, condena a poluição como desperdício de recursos naturais. De sua associação depende o potencial hegemônico do cooperativismo nas sociedades contemporâneas, na medida em que a cooperação com a natureza caracteriza as energias renováveis e é o único modo de integrar os mercados à sociedade abrangente, envolvendo todos os indivíduos que a compõem.
A íntegra.