Aquela gente que prendeu, torturou, matou e incinerou corpos, e que não foi punida, ao contrário do que aconteceu em outros países latino-americanos, ainda age e ameaça. Mais de trinta anos depois. E a polícia, vai investigar? Vai identificar? Vai prender?
Da Agência Carta Maior.
Grupo Tortura Nunca Mais sofre ameaças e tem documentos furtados no Rio
Rodrigo Otávio, do Rio de Janeiro
O grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro teve a sua sede invadida e documentos relacionados ao projeto clínico de apoio a vítimas e familiares de vítimas de violações aos direitos humanos, que atende uma média de 70 pessoas, furtados na quinta-feira (19/7/12). Cerca de R$ 1 mil também foram levados. Na semana passada, o grupo foi vítima de uma ameaça telefônica, quando uma voz masculina declarou: "estou ligando para dizer que nós vamos voltar e que isso aí vai acabar".
Para a presidenta do grupo, Vitória Grabois, há ligação entre as duas ações. "Eu acho que deve ter ligação com aquelas ameaças que recebemos na quarta-feira passada (11/7), vamos esperar o resultado das investigações da polícia", disse ela à Carta Maior. Setores da sociedade civil creditam as ameaças ao protagonismo do grupo na defesa dos direitos humanos e aos avanços da Comissão da Verdade, instalada pelo governo federal.
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