terça-feira, 3 de julho de 2012

A crise na Europa e as montadoras no Brasil

Mais do mesmo. Com a desregulamentação dos mercados, o capital não para nos lugares onde é investido, volta correndo para seus países de origem, mas na verdade fica "abrigado" (nada material, só números registrados em computadores) em paraísos fiscais. Todos os países são apenas sedes de empreendimentos, com muitos beneficios fiscais, mão de obra barata, recursos naturais abundantes. Produzido o lucro, ele foge correndo do inferno na Terra (onde há pobres, desempregados, doentes, poluição, meio ambiente destruído, trânsito engarrafado etc.) para os "paraísos fiscais". E tem gente que defende as privatizações até hoje. O que aconteceu com a Vale? Virou uma multinacional como as outras, um negócio de investidores, sem qualquer compromisso com o país onde está. 

Do Blog do Sakamoto.
E se os lucros das montadoras ficassem no Brasil?
Leonardo Sakamoto
Montadoras estão planejando demitir, apesar do aumento de vendas trazido pela redução de IPI. General Motors e a Volkswagen abriram programas de demissão voluntária, sendo que a GM estuda fechar a linha de montagem de veículos de São José dos Campos e extinguir 1.500 vagas, segundo o sindicato de metalúrgicos local. A informação é de matéria publicada nesta terça (3) pela Folha de S.Paulo, apontando que as empresas estão preocupadas que isso seja euforia passageira. Outra matéria, do jornal Estado de S. Paulo, aponta que, desde o início da crise econômica internacional, o governo abriu mão de R$ 26 bilhões em impostos para indústria automobilística. E, nos últimos três anos, as montadoras enviaram US$ 14,6 bilhões ao exterior, o que dá cerca de R$ 28 bi em valores de hoje. Brasileiros e brasileiras, um valor semelhante à nossa renúncia fiscal foi exportada para ajudar a manter as matrizes dessas empresas que não haviam se preparado para lidar com a crise.
A íntegra.