Não deu outra. O orçamento "participativo" digital do prefeito Lacerda contemplou a implantação de câmaras de segurança em várias partes da cidade. Elas foram incluídas como opção entre obras sem grande importância, em geral de reformas de logradouros públicos, que normalmente são feitas sem alarde, como manutenção. Qualquer um podia prever que seriam escolhidas. O OP digital, uma boa ideia, virou mais uma peça de propaganda da atual administração. Onde havia obras de verdade, como saneamento e construção de ponte, a população as escolheu. Onde havia só manutenção, foi feita a opção pela "segurança" -- inútil, como se vê no dia a dia, pois as câmaras não funcionam, a polícia não as usa em prevenção e nem se dá o trabalho de consultá-las em investigações, conforme mostrou reportagem do SBT. Mas custam uma fortuna.
Do Estado de Minas.
Insegurança marca o resultado final do Orçamento Participativo Digital
Terminou nesse domingo mais uma edição do Orçamento Participativo Digital. Neste ano, a insegurança motivou os moradores, que em três regiões escolheram a instalação de câmaras de videomonitoramento para dar mais proteção aos bairros. Ao todo foram computados 92.724 votos. Cada intervenção tem orçamento previsto de R$ 5,5 milhões. Na Região Centro-Sul, os equipamentos foram escolhidos por 3.479 votos. Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte, serão intalados 45 pontos de monitoramento com cerca de 190 câmaras nos principais pontos comerciais e nos locais de grande concentração de pessoas. O sistema vai abranger os bairros Barro Preto, Belvedere, Centro, Funcionários, Luxemburgo, Santa Efigênia, Santa Lúcia, Santo Agostinho, Savassi, Serra e Sion.
A íntegra.