Em 2005, a apuração do "mensalão" parou quando se chegou à sua origem: "o mensalão tucano" do ex-governador de Minas Eduardo Azeredo. Agora, a privataria tucana pode chegar ao PT. Ou não? Como se lê no livro do Amaury Ribeiro Jr., a corrupção está disseminada em todos os escalões e poderes da República e envolve a própria forma de se fazer política no País, na qual dinheiro ilegal privado e público se transferem de mãos para financiar campanhas eleitorias e beneficiar empresários, corrompendo instituições e autoridades. É assim que se pode entender, por exemplo, o arquivamento do processo de prestação de contas do PMDB mineiro dia desses pelo STF. O presidente do tribunal, Cezar Peluso, disse -- certamente considerando idiotas seus colegas e todos os telespectadores da TV Justiça, pois a sessão foi transmitida pela TV -- que a denúncia do Ministério Público não dizia qual era "o livro verdadeiro", se o apresentado primeiro, e no qual as contas não batiam, ou o segundo, no qual as contas fechavam... "Não há crime", vaticinou, encerrando a votação, diante da expressão de espanto do presidente do Tribunal Superior Eleitoral e ministro do STF Ricardo Lewandowski.
Do blog Escrevinhador.
CPI da Privataria: deputados petistas dizem que vão apoiar a Comissão
Na última quarta-feira, dia 21/12/11, foi protocolado o requerimento para a instalação da CPI da Privataria, proposta pelo deputado Protógenes Queiróz (PCdoB/SP) e que obteve o apoio de mais de 180 parlamentares. Apesar de desejada por grande parte da militância de esquerda, a CPI parece não ter sido recebida com o mesmo entusiasmo por parte do PT, partido que teve papel fundamental na crítica às privatizações, nos anos 90. Em entrevista coletiva, a presidenta Dilma Rousseff preferiu não se posicionar claramente sobre o tema. Já Cândido Vaccarezza, líder do Governo na Câmara, afirmou "não olhar para o retrovisor". Entretanto, o requerimento recebeu adesão de 67 deputados petistas, que foram fundamentais para se ultrapassar o número mínimo de 171 assinaturas para a instalação da CPI. A ausência de alguns nomes gerou inquietações em quem desejava maior adesão.
A íntegra.