O PSB do prefeito Lacerda não quer mais ser subalterno ao PT. Este caminho já tinha sido anunciado pelo ex-ministro Ciro Gomes no mês passado. Não à toa o prefeito Lacerda defenestrou os petistas que não são submissos a ele e que ajudaram a elegê-lo. E essa gente é amiga do Aécio. Vai se formando assim um novo centro, prenunciado na aliança Pimentel-Aécio em 2008 para eleger o prefeito Lacerda, um centro que passa por Minas e que atrai a direita do PT. Lacerda deixa claro que os tucanos farão parte da sua chapa em 2012 e que o PT só entra se aceitar ser partido subalterno na aliança PSB-PSDB. A cúpula petista, que em 2010 fez o eleitorado engolir a candidatura Hélio Costa para o governo estadual, é cúmplice de mais esse crime. Em nome de "interesses maiores", oportunismo atrás de oportunismo, o PT vai se transformando num partido maior e mais poderoso e também mais diferente dele mesmo. Tão diferente que daqui a pouco será impossível distingui-lo do PSDB. Ou do ascendente PSB. Essa aliança entre petistas e tucanos em Belo Horizonte, intermediada pelo PSB, é no mínimo curiosa, porque tucanos e petistas são inimigos, não são? Pelo menos é o que os eleitores pensam. Se PT e PSDB se tornam aliados, a quem farão oposição? E quem lhes fará oposição? Talvez haja otimistas pensando que esse novo centro será avanço, que dispensará a direita fisiológica, que no governo FHC foi representada pelos Democratas ex-PFL e no governo petista está representada pelo PMDB. Poderia até dispensar a direita tucana representada por Serra. Nós, belo-horizontinos, sabemos, porém, o que significa ser governado por Aécio-Anastasia e Lacerda. Esse centro está muito mais para direita do que para centro, é muito mais tucano do que petista. Basta ver a simpatia do noticiário do Estadão por ele.
PSB se desvincula do PT e já sonha com o Planalto
Aos gritos de "Brasil, pra frente, Eduardo presidente", por parte de militantes partidários, o PSB abriu nesta sexta-feira, 2, o seu 12.º Congresso do partido, em Brasília, mostrando que já inicia uma ofensiva para se desvincular do PT nas eleições presidenciais de 2014 e até ter uma candidatura própria. Ou, se repetir a aliança, ter cacife suficiente para tomar o posto de vice, hoje com o PMDB.
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PSB dá prazo ao PT na disputa pré-eleitoral de Belo Horizonte
O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), saiu na manhã desta sexta-feira, 2, de uma reunião com o presidente do PT, Rui Falcão, dizendo que "pode acontecer de tudo" nas negociações para a eleição do ano que vem na capital mineira. Candidato à reeleição, Lacerda está rompido com o vice, Roberto Carvalho (PT), que trabalha pela candidatura própria, com o argumento de que os petistas não podem aceitar a presença formal do PSDB na aliança. O prefeito pediu pressa na decisão do PT sobre ficar na aliança ou lançar candidato próprio e reiterou a presença dos tucanos na coligação da reeleição. "Essa hipótese (de saída do PSDB da aliança) não existe. O PSDB foi convidado pelo PSB para estar formalmente na aliança", disse Lacerda.
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Impasse com aliança em MG preocupa cúpula petista
Surpresos com o grau de tensão entre o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), candidato à reeleição, e o vice, Roberto Carvalho (PT), que defende candidatura própria, integrantes da direção nacional do PT temem que o impasse comprometa acordos entre os dois partidos em outras capitais importantes, especialmente Recife e Fortaleza. Embora diga que a decisão do diretório municipal será respeitada, o PT nacional trabalha pela manutenção da aliança na capital mineira, mesmo com a participação do PSDB na coligação, já definida por tucanos e pela direção do PSB. Com isso, evitaria problemas no apoio socialista aos candidatos petistas nas capitais do Ceará e de Pernambuco.
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PT vai priorizar campanha em cidades com mais de 150 mil habitantes em 2012
A cúpula do PT vai dar prioridade, na campanha de 2012, a 117 cidades com mais de 150 mil habitantes. O grupo de municípios, que inclui as capitais, é chamado de "joia da coroa" pelo comando petista. Levantamento feito pelo partido mostra que essas cidades representam 42% do eleitorado brasileiro e algo em torno de 53% do Produto Interno Bruto (PIB). "São centros que irradiam política e se tornaram fundamentais para qualquer projeto nacional", resumiu o presidente do PT, Rui Falcão. Uma resolução a ser aprovada pelo Diretório Nacional amanhã -- na última reunião do ano, em Belo Horizonte (MG) -- diz que as principais campanhas dos partidos aliados devem estar subordinadas ao guarda-chuva do projeto construído pela presidente Dilma Rousseff. A capital mineira é um exemplo de "joia da coroa" trincada. Lá, o PSB do prefeito Márcio Lacerda e a fatia do PT controlada pelo vice, Roberto de Carvalho, estão em rota de colisão (sic). Na tentativa de chegar a um acordo, Falcão aceitou convite de Lacerda para uma conversa amanhã cedo, com café e pão de queijo.
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