"Se eu pudesse resumir minhas conclusões: a crise no abastecimento não é
natural, mas sim resultado de uma gestão voltada para a maximização de
lucros da concessionária e de um governo incompetente."
Reproduzo um item para que se veja a qualidade do artigo.
Do Diário do Centro do Mundo, em 20/10/14.
"Não choveu e está faltando água": 10 mitos sobre a crise hídrica em São Paulo
Este artigo de Gabriel Kogan foi publicado no saite Cosmopista.
Gostaria de desmistificar alguns pontos sobre a crise hídrica em SP, assunto que tangencia minhas pesquisas acadêmicas.
7- “Precisamos economizar água”. Outra simplificação. Os grandes
consumidores (indústrias ou grandes estabelecimentos, por exemplo) e a
perda de água por falta de manutenção do sistema representam os maiores
gastos. Infelizmente os números oficiais parecem camuflados. A seguinte
conta nunca fecha: consumo total = esgoto total + perda + água gasta em
irrigação. Estima-se que as perdas estejam entre 30% e 40%. Ou seja,
essa quantidade vaza na tubulação antes de atingir os consumidores. Água
tratada e perdida. Para usar novamente o exemplo Holandês (que
estudei), lá essas perdas são virtualmente 0%. Os índices elevados não
são normais e são resultados de décadas de maximização de lucros da
Sabesp ao custo de uma manutenção precária da rede.
A íntegra.