Quer ler mais uma boa argumentação de voto? Clique aqui e leia o que escreveu Cristina Moreno de Castro. Concordo com todas as suas razões e tenho mais algumas.
Uma delas é que os que vão votar em Dilma desenvolvem raciocínios inteligentes e têm informações, além de bom humor e amor no coração, enquanto aqueles que vão votar na oposição não conseguem ir além dos "para mudar", "para tirar o PT", quando não partem para ofensas e manifestações explícitas de ódio e preconceito.
Até quando apresentam um argumento técnico, como por exemplo, a questão da energia, ele pode ser logo desmontado (já nos esquecemos do apagão no final do governo FHC?), o que mostra que foi buscado às pressas, como justificativa.
Da minha parte, acho que o voto tem três motivações: 1) interesse pessoal (neste caso, quem vota na oposição está defendendo interesses de classe ou pessoais inconfessáveis, enquanto a imensa maioria tem a defender o fim da fome, o emprego, sua ascensão social e outras conquistas); 2) informação (quem vota na oposição está nitidamente mal informado -- quem mandou ler Veja, Folha e Globo? -- e quem vota na Dilma, mesmo quando está mal informado, é capaz pelo menos de reconhecer o que melhorou na sua vida); 3) idiossincrasias.
Este último ponto é o da subjetividade: um indivíduo pode ser bem informado, não ter interesse pessoal na eleição de um candidato e no entanto ser reacionário. Assim como outro pode ter uma aversão natural ao autoritarismo e ao preconceito.
Se parece que a elite que cultiva o ódio e o preconceito encontrou seu candidato, não é menos que a oposição brasileira precisa encontrar outro caminho, que conquiste votos com propostas, com outro modelo de governo, que não seja só "tirar o PT" e na prática conquistar o poder pelo poder, para realizar interesses pessoais e compromissos com seus financiadores.
Enquanto o único projeto de país existente for o PT, pode até ser que a oposição consiga derrotá-lo, mas dificilmente alguma coisa boa virá depois.