Distribuído de graça nos engarrafamentos, sem precisar, como outros, que o leitor gaste dinheiro para lê-lo, o que acontece cada vez menos com seus concorrentes, o jornal Metro foi mais um panfleto da propaganda tucana, no segundo turno, e não reconheceu a derrota nas urnas.
Ontem fez uma capa horrorosa com a imagem da presidenta Dilma e tinha tanta propaganda, inclusive duas capas falsas de anúncios, que dá para supor que a edição foi planejada para comemorar a vitória tucana e refeita em cima da hora.
Hoje, já retomou seu noticiário tendencioso, disseminando a desconfiança e o ódio a Dilma e também ao governador eleito Pimentel, ambos eleitos pela maioria dos mineiros, o último também pela maioria dos belo-horizontinos.
Não percebe que essa desconfiança e esse ódio podem se virar contra ele.
O povo não é bobo, como gritaram milhares de manifestantes domingo à noite durante o discurso da presidenta reeleita, obrigando a Globo a transmitir ao vivo a denúncia da desaprovação ao seu antijornalismo.
O povo vai à urnas de quatro em quatro anos e respeita a decisão da maioria, com exceção de alguns protofascistas, que agora estão correndo para a boa vida no exterior, porque detestam o Brasil.
Para a maioria do povo, que mesmo intensamente manipulado, votou pela continuidade do governo, uma nova oportunidade de mudar acontecerá daqui a quatro anos.
A "grande" imprensa, no entanto, que está falida e precisa de dinheiro público para salvá-la, não quer esperar.
Metro circula com muita publicidade, em dias normais é praticamente um folheto publicitário recheado de notícias escandalosas, violência, programação cultural e futebol. É uma franquia internacional e no Brasil pertence à Rede Band. Qual será a situação financeira da Band? Estará também quebrada, como outros grupos do oligopólio de comunicação? Metro não deu sequer um dia de descanso para os leitores, não fez a tradicional edição comemorativa, não se curvou à maioria, não mudou de assunto.
Demonstra que é o jornal da minoria, porta-voz da direita derrotada, e começou imediatamente a
campanha do terceiro turno.
O terceiro turno é vencer fora das urnas, manipulando informações, o Congresso e o Judiciário, como fez no julgamento do "mensalão".
A imprensa golpista não vai esperar mais quatro anos, quer fazer o que fez com Collor e tentou sem sucesso contra Lula.