É uma vergonha que um ex-presidente "ilustrado" como FHC tenha dito o que disse sobre os nordestinos, mas é mais do que compreensível.
Acima de tudo, FHC -- e ele demonstrou isso no governo -- é um representante da sua classe, prisioneiro dos seus preconceitos elitistas.
O pessoal do Sul adora o Nordeste -- suas praias e seu povo "primitivo".
Agora, com os governos Lula -- um retirante! -- e Dilma (Minas Gerais nesta eleição ficou com o Nordeste, elegeu Pimentel, derrotou os candidatos tucanos), os nordestinos não estão mais querendo servir com submissão as elites turistas do Sul!
Ficou muito difícil encontrar empregada nordestina! Ficou mais difícil contratar operário retirante!
Daí a ira do Fora Dilma!
A mudança desejada por muitos é a volta ao passado em que rico era rico e pobre era pobre, branco era branco e preto era preto, nordestino vinha trabalhar quase de graça nas cidades do Sul e as elites iam desfrutar as praias do Nordeste...
Do Viomundo.
Urariano responde aos preconceituosos que atuam nas redes sociais
por Urariano Mota, do Recife, especial para o Viomundo, em 11 de outubro de 2014 às 16:48
As notícias gritam como se fossem novos jornaleiros, diante dos trens das nossas vidas:
“Uma comunidade de quase 100 mil usuários numa rede social, que se declaram profissionais da classe médica brasileira, se tornou palco de uma guerra de classes no entorno da corrida presidencial, entre Dilma Roussef (PT) e Aécio Neves (PSDB).
Com o título de ‘Dignidade Médica’, as postagens do grupo pregam ‘castrações químicas’ contra nordestinos, profissionais com menor nível hierárquico, como recepcionistas de consultório e enfermeiras, e propõe um ‘holocausto’ entre os eleitores da petista.
Médicos, professores e estudantes de medicina estão entre os 97.901 membros da comunidade na rede social Facebook. Entre postagens de revolta com a situação da econômica do País e xingamentos a nordestinos, os participantes confessam que fazem campanha pró-Aécio até dentro do próprio consultório – público ou privado – convencendo os seus pacientes. Eles dizem que colocam ‘a recepcionista no lugar dela’ com ameaças de que perderia o emprego com a reeleição de Dilma.
O discurso de ódio conta com frases de ‘nível de conversa que pobre entende’ e ameaças de expulsão do grupo caso o usuário se manifeste contra os ideais da página.
A íntegra.