A primeira opção do eleitorado foi Marina, o candidato tucano entrou depois, por decepção com a outra.
Em 2018 pode acontecer o mesmo.
Envenenada pelo bombardeio de calúnias da "grande" imprensa, parte da população quer "mudança".
Está pronta a embarcar em qualquer canoa que a proponha.
O PSDB, que já foi um partido de intelectuais e classe média, tornou-se um rabo de lagartixa da "grande" imprensa, que é a cabeça desse corpo oposicionista.
Dispensável, desde que surja outro mais capaz de angariar votos mudancistas.
O que o PSDB original precisa é abandonar esse caminho que o leva a apoiar forças protofascistas e voltar a ser um partido social-democrata.
Do jornal GGN.
PSDB: reavaliar ideias e reorientar o comportamento
Roberto Bitencourt da Silva
De acordo com Norberto Bobbio, esquerda e direita são posições relacionais. Quanto maior a atenção dada à igualdade econômica e social, mais à esquerda encontram-se os agentes políticos. Com a prática do veto a tudo que combata as desigualdades sociais no país, Aécio, PSDB e seus eleitores mais empedernidos apenas contribuem para um bloqueio reacionário da agenda pública. Por outro lado, vale assinalar que o comprometimento das direitas com ideias que não são produzidas por elas, em geral nascidas ou repercutidas no estuário das esquerdas, marcou o processo civilizatório de alguns países europeus. Um requisito elementar da democracia eleitoral.
Na contramão, o PSDB cada vez mais tem se assemelhado à velha UDN. Na retórica e na cosmovisão elitista sobre o Brasil. Não é difícil atribuir-lhe a pecha de “partido dos ricos”. Acentuados laivos fascistas têm reverberado em suas hostes. A seguir tal trajetória, o seu estreito programa não tem capacidade de sensibilizar amplas faixas do eleitorado. Só lhe restariam apelos golpistas, como alguns eleitores tucanos histericamente andam fazendo. É esse lastimável destino que o partido quer reservar para si? Convenhamos, um partido conservador não precisa se apoiar na barbárie social e no grotesco político.
Aécio falou muito em mudança. Seria oportuno que ele, o seu partido e demais forças conservadoras começassem a mudar a si próprios e a entender melhor o Brasil. A maior mudança que o PSDB poderia fazer seria converter-se em um partido de fato, com propostas e antenado com o que se passa no país, em vez de caminhar na esteira da agenda despolitizante, reacionária e sensacionalista dos conglomerados da mídia. Seria saudável à democracia brasileira.
A íntegra.