O jornalista Luís Nassif fez resumos das lógicas das políticas neoliberal e desenvolvimentista.
A análise das políticas neoliberais é magistral: clara, simples e objetiva.
Os dois artigos são leitura fundamental para entendermos os dois rumos que o Brasil pode tomar com o resultado da eleição do dia 26.
A disputa não é só política, entre partidos e pessoas, de qual é o melhor candidato etc. É muito mais do que isso. Tanto que atravessa o país desde os anos 1950. A própria ditadura teve disputa entre neoliberais e desenvolvimentistas.
Do jornal GGN.
A lógicas das políticas econômicas desenvolvimentistas
qui, 16/10/2014 - 06:00, atualizado em 16/10/2014 - 08:08
Luis Nassif
Ontem apresentei - de forma esquemática - a lógica das políticas econômicas denominadas de neoliberais. Vejamos alguns aspectos das políticas dita desenvolvimentistas.
Por tal, entende-se a economia como o espaço nacional e, como tal, submetida a uma lógica de nação. Essa lógica passa por políticas públicas sociais, econômicas, pelo apoio a setores infantes ou debilitados, pela incorporação de tecnologia, pelo uso da diplomacia nas estratégias comerciais etc.
A íntegra.
A lógica das políticas econômicas neoliberais
qua, 15/10/2014 - 11:05, atualizado em 15/10/2014 - 19:19
Luis Nassif
Digo há algum tempo e enfatizo: do ponto de vista programático, essas eleições são as mais significativas das últimas décadas. Pela primeira vez estão claramente explicitados dois modelos de governo: o neodesenvolvimentista e o neoliberal. Ambos têm suas virtudes e defeitos e propõem o pote de ouro da retomada do desenvolvimento no final do arco-íris. E essa divisão é quase tão antiga quanto o surgimento da economia.
O protagonismo na economia sempre foi disputado por dois setores: o financeiro e o da chamada economia real (comércio, indústria e serviços). A partir de determinado período, o trabalho também tornou-se protagonista, de certo modo aliando-se aos empresários da economia real.
As linhas econômicas, no fundo, representam esses interesses, o neoliberal representando a alta finança; o desenvolvimentista representando a indústria.
A íntegra.