Vinte anos! Carandiru e "mensalão" são dois exemplos de como a "justiça" brasileira é a justiça dos ricos. A polícia mata e fica impune; o STF julga contra as provas, baseado em matérias mentirosas da imprensa de direita, e condena o partido dos trabalhadores. Como diz Marcos Coimbra, o STF perdeu o recato. E a justiça paulista? Quando o massacre do Carandiru aconteceu, aquele número de mortos era absurdo, hoje a PM paulista mata 450 pessoas por ano! Mais do que o exército dos EUA! Graças à impunidade que vem daquela ação que chocou o mundo. Até o jornal da direita brasileira, a Folha, pede providências. O comandante da operação foi inocentado porque "cumpria ordens". Essa é uma defesa que não se justifica mais desde o fim da 2ª Guerra Mundial, quando os nazistas foram julgados por crimes contra a humanidade. E se o comandadente "seguiu ordens", a justiça, para ser justa, deveria condenar quem deu as ordens. Quem foi? O governador? O ministro da "justiça"? Por que não foram julgados?
Do Último Segundo.
Vinte anos depois, massacre no Carandiru ainda aguarda julgamento Pouco antes do 20º aniversário data de júri de policiais militares foi marcada. Para defesa, a ausência de provas e como "cumpriam ordens" deve favorecer absolvição dos acusados
A ação policial que matou 111 presos na Casa de Detenção de São Paulo em 1992 -- episódio conhecido como "Massacre do Carandiru" -- completa 20 anos nesta terça-feira sem que nenhum de seus responsáveis tenha sido punido. Apenas na semana passada, poucos dias antes do 20º aniversário da carnificina, a Justiça de São Paulo decidiu agir.
Foi marcado para 28 de janeiro de 2013 o julgamento de 28 dos mais de 100 policiais militares acusados por homicídios e lesões corporais no episódio. Até então, o comandante da operação, o coronel Ubiratã Guimarães, havia sido julgado e absolvido por ter agido no "estrito cumprimento do dever". Ele foi assassinado em seu apartamento em 2006.
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