No Festival Internacional da Canção, em 1972. A Globo tentou faturar em cima dos festivais, mas sua amiga ditadura já tinha torturado e matado a MPB, Gil e Caetano e muitos outros estavam exilados, quem continuava no País não entrava nessa. Jorge ainda Ben era uma rara exceção. Surgiu o pessoal do MAU, um grupo universitário que incluía Gonzaguinha e Ivan Lins. A música de protesto ficou hermética. Fio Maravilha é uma daquelas canções para festival, interpretada por uma cantora (mineira) para festival, e virou uma apresentação antológica, de qualidade atemporal. Não venceu, é claro, era muito para um júri que certamente era "bem intencionado, mas incompetente", como disse antes o baiano. Ganhou uma menção honrosa ("do júri popular"), porque não podia ser ignorada, afinal a música conquistou o público e já era cantada nas ruas. Uma delícia, rara música de futebol, que está presente no cotidiano do brasileiro, mas não rende muitas (outras) obras de arte. A música tem história: mais tarde, Fio, o jogador (mineiro) do Flamengo homenageado, processaria Jorge que tinha se tornado Benjor, por uso de imagem. E a música desapareceu.