segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Extinções alarmantes

O capital só vai parar depois de destruir tudo. Os "humanos responsáveis" da matéria somos nós. O que a natureza levou milhões de anos para criar, nós estamos destruindo em alguns séculos. É claro que não todos na mesma medida. A imensa maioria de nós contribui com a passividade ou consumindo produtos cuja existência se deve à acelerada devastação provocada pela indústria e pelo agronegócio. É óbvio que as consequências serão para todos, especialmente para aqueles que nada tiveram a ver com isso: nossos filhos e netos. Eles viverão em condições muitos piores do que estas em que vivemos e terão de se dedicar a ajudar a natureza a se reconstituir. A questão não se limita a menos pássaros, ao empobrecimento da beleza visual e sonora que devemos a eles; os pássaros estão ligados a outras espécies, que por sua vez serão afetadas e afetarão outras. Tudo neste mundo, que é a nossa casa, está ligado. Estudo estima em US$ 80 bilhões por ano o valor necessário para salvar as espécies ameaçadas.

Do Instituto Carbono Brasil.
Extinções da avifauna estão aumentando, alerta nova pesquisa
A taxa de extinção das aves está acelerando de forma alarmante, enfatiza um novo estudo da BirdLife International e da Universidade Charles Darwin.
Padrões e condutores globais das extinções da avifauna em nível de espécie e subespécie ('Global Patterns and Drivers of Avian Extinctions at the Species and Subspecies Level'), publicado no periódico PLoS One, revela que 279 espécies e subespécies de aves foram extintas nos últimos 500 anos, com um pico no início do século XX, caindo nas décadas subsequentes e acelerando mais recentemente.
"Até este estudo se esperava que a taxa de extinção estivesse diminuindo", comentou o autor principal Dr. Judit Szabo, da Universidade Charles Darwin.
O estudo mostra que a destruição de habitats naturais para agricultura é atualmente a causa primária das extinções. No passado, os principais culpados eram a caça e a introdução de espécies exóticas, como gatos e ratos.
"Os humanos são diretamente e indiretamente responsáveis por esta perda", comentou o Dr. Szabo.
A íntegra.