Diário do Centro do Mundo.
Por que malafaias e bolsonaros estão com Aécio Neves
Por Kiko Nogueira
O amor, a amizade e o respeito não unem as pessoas tanto quanto o ódio a alguma coisa, dizia Tcheckhov.
Aécio Neves recebeu o apoio da hidrofobia ostensiva de Silas Malafaia e Jair Bolsonaro. Previsível?
Malafaia, depois do beijo da morte em Marina Silva, depois de afundar o Pastor Everaldo, se diz agora "Aécio desde criancinha". Um cafajeste medieval, que pede aos fieis que lhe dêem parte do dinheiro do aluguel, capaz de apresentar um vídeo sobre o Estado Islâmico com imagens de crianças degoladas — relacionando tudo ao suposto "diálogo de Dilma" com os terroristas –, afirma que Aécio vai nos salvar da "roubalheira".
Bolsonaro, uma piada trágica de extrema direita, anunciou que "mesmo que ele não queira, voto no Aécio Neves".
Deputado mais votado do Rio de Janeiro, Bolsonaro encontrou espaço caluniando, desrespeitando, mentindo, ameaçando. "A maioria dos gays é fruto do consumo de drogas", declara. Defende torturadores, elogia um presídio como o de Pedrinhas, chama índios de "pestilentos e mal-educados".
Não é à toa que os dois tenham se aliado ao que Aécio Neves representa. Não é à toa que se juntem às hostes de cidadãos que não enxergam nada demais em sugerir que se jogue uma bomba atômica no Nordeste.
A íntegra.