Sim, o "meu" ladrão.
Hoje, quase 143 milhões de brasileiros podem ir às urnas eleger Dilma presidente outra vez. Em Minas, Pimentel governador. É o que indicam as pesquisas.
Mas o eleitores vão também, irresponsavelmente, eleger os seus ladrões.
Os brasileiros não têm, para eleger senadores, deputados federais, deputados estaduais e vereadores, a mesma consciência que têm demonstrado para eleger presidente, governador e prefeito.
Votam em qualquer um.
Quem elege Dilma e Pimentel deveria também votar em candidatos a deputado estadual, deputado federal e senador comprometidos com Dilma e Pimentel, com seus partidos, com seus programas, com as qualidades que vimos neles e nos motivos que nos fizeram escolhê-los.
Simples assim.
No entanto, a maioria pratica a hipocrisia e vota em qualquer um.
Passamos quatro anos chamando os políticos de ladrões e um dia elegendo-os.
Hoje é o único dia em que somos iguais, em que o voto do rico vale tanto quanto do voto do pobres, em que o voto do empresário vale tanto quando o voto do trabalhador.
Como é possível dar meu voto para um candidato qualquer?
Agir dessa forma irresponsável seria me desvalorizar, me vender, como se vendem os "políticos ladrões".
Coerente é o músico Fábio Martins, que se negou a dar a mão a um candidato que só aparece na eleição, para pedir seu voto, e depois some, porque vai trabalhar para os ricos que deram dinheiro para a sua campanha e aos quais serve.
Eleitor que vota num candidato qualquer para deputado e senador merece o "político ladrão" que elege.