Estimular o consumo é uma estratégia do capitalismo criada nos EUA depois da Segunda Guerra Mundial. "A nossa enorme economia produtiva exige que façamos do consumo nossa forma de vida, que transformemos a compra e uso de bens em rituais, que procuremos a nossa satisfação espiritual, a satisfação do nosso ego, no consumo", ensinou o teórico Victor Lebow, citado no vídeo A história das coisas. "Precisamos que as coisas sejam consumidas, destruídas, substituídas e descartadas a um ritmo cada vez maior." As crianças fazem parte desse "mercado", pois além de consumirem induzem ao consumismo dos pais. Mesmo que tudo que comprem seja lixo.
Do blog Consumismo e Infãncia.
Viram isso? Unicef faz estudo sobre consumismo infantil na Europa
O consumismo infantil não tem nacionalidade, cor, nem classe social. O problema é um fenômeno mundial da sociedade de consumo e tem se agravado cada vez mais. Prova disso é que o assunto tornou-se objeto de pesquisas ao redor do mundo. O mais recente foi publicado pelo jornal espanhol El Pais. Trata-se de um estudo da Unicef, de setembro deste ano, sobre a vida em família na Grã-Bretenha, hoje extremamente pautada em desejos de consumo dos filhos, que parecem se confortar com os bens materiais na ausência dos pais. O chamado bullying de marcas se aproveita do tempo que os adultos precisam trabalhar e atingem crianças e adolescentes em cheio. Na reportagem do El Pais, estudiosos espanhóis foram consultados para saber se os pequenos de lá também estão nessa onda de consumismo. O resultado a gente já sabe: embora os padrões de consumo sejam diferentes, todos caminhamos no mesmo sentido. E no Brasil não é diferente.
A íntegra.