Mais uma vez estudantes universitários dão o exemplo, começando por São Paulo. A reivindicação é certeira: não apenas os campi universitários, mas toda a sociedade precisa de uma nova segurança e de novas polícias. Estas que estão aí são as mesmas organizadas pela ditadura militar (1964-1985) e que não foram reformadas para atuar na democracia. Basicamente, servem para reprimir movimentos populares, mas são ineficientes no combate ao crime e corruptas. O reitor da USP, ao que tudo indica, é um representante da direita demotucana.
Estudantes da USP fazem manifestação no centro de São Paulo
Alunos e professores fazem ato no Largo São Francisco, em frente à Faculdade de Direito, que tem o reitor como 'persona non grata'
Os estudantes da USP declaram greve na última terça-feira, após a detenção de 72 pessoas (68 estudantes e quatro funcionários) que ocupavam a reitoria. Os professores da universidade decidiram apoiar o movimento, mas não aderiram à greve. A concentração dos estudantes começou às 12h em frente ao prédio de História e Letras da USP, de onde os manifestantes devem sair de ônibus em direção ao centro da capital. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) reivindica um "outro projeto de segurança" para a USP, no qual a reitoria se responsabilize por um plano de iluminação no campus, política preventiva de segurança, abertura do campus à população para que aumente a circulação de pessoas, abertura de concurso público para uma guarda universitária treinada para prevenção dos problemas de segurança e com efetivo feminino para a segurança da mulher, mais ônibus circulares e um transporte que ligue a universidade ao metrô Butantã. Os alunos querem a saída da Polícia Militar do campus, o fim do convênio da USP com a Secretaria de Segurança Pública, a liberdade aos presos (sem punições administrativas ou criminais), a retirada de todos os processos "movidos contra estudantes por motivos políticos" e a saída do reitor João Grandino Rodas.