Como era de se esperar. Atual administração de Belo Horizonte está acabando com todos os imóveis públicos "inúteis", ocupando todas as áreas não construídas e verticalizando totalmente a cidade. Ou seja: piorando a qualidade de vida, impermeabilizando o solo e preparando novas inundações e desastres ambientais.
Do Estado de Minas.
Conselho define hoje se libera dois empreendimentos de hotelaria na Pampulha Parte dos moradores se opõe a projetos e cobra também explicações sobre possível feira próxima ao zoo
Flávia Ayer, 26/1/2012
Estimada pela beleza natural e arquitetônica, a Pampulha ainda discute a verticalização em parte da região e se vê às voltas com outra obra: uma possível feira de artesanato com 700 barracas e público estimado de 5 mil pessoas todos os sábados e domingos. Previsto para inaugurar em 3 de março, o empreendimento ainda não passou pelo aval da prefeitura, mas já desagrada a moradores da região. Nesta quinta-feira, o futuro de dois hotéis projetados para a área pode ser decidido. A construção dos edifícios perto da Lagoa da Pampulha – de 48m e 59m de altura – será analisada pelo Conselho Municipal de Política Urbana (Compur). O veredito dos conselheiros é uma das últimas fases para que os prédios, com canteiros de obras montados, comecem a ser erguidos na Avenida Alfredo Camarete, no Bairro São Luiz, bem perto do estádio Mineirão. Durante a reunião, a relatora dos dois projetos, Gina Rende, secretária adjunta de Planejamento Urbano, apresentará seus pareceres, ambos favoráveis às edificações, com algumas reservas. Uma das ressalvas comuns aos dois documentos é de que os prédios tenham altura reduzida para 40 metros. A limitação, porém, encontra resistência entre parte dos moradores, que mostrarão a conselheiros parecer técnico contrário aos hotéis elaborado no Fórum da Área de Diretrizes Especiais (Fade) da Pampulha, órgão consultivo formado por membros da sociedade civil, prefeitura e comunidade. As edificações estão em parte da Área de Diretrizes Especiais (ADE) da Pampulha, que foi flexibilizada por alterações na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo. As mudanças permitiram a construção de edifícios com mais de 9m de altura e o aumento da taxa de ocupação dos terrenos, conforme o Estado de Minas mostrou em série de reportagens em outubro. Os hotéis ainda se beneficiam da lei que visa a melhorar (sic) a infraestrutura de Belo Horizonte para a Copa do Mundo de 2014 e abre a possibilidade de construtoras erguerem prédios maiores na capital. Com 48m, o Bristol Stadium Hotel prevê 13 andares e 334 unidades, além de 174 vagas de estacionamento.
A íntegra.