Agronegócio é o nome moderno para monocultura exportadora. O modelo é o mesmo que os portugueses inauguraram quando descobriram esta imensa "ilha", há mais de 500 anos: aproveitar o grande espaço para produzir muito de um mesmo produto e exportar para os países ricos. Começou com a cana-de-açúcar, continuou com o café, hoje é a soja. Começou no litoral, com derrubada da Mata Atlântica, hoje ocupa o Centro-Oeste, destruindo o Cerrado, e avança para a Floresta Amazônica. O pouco que o governo do PT destina aos programas sociais -- isto é, aos pobres -- provoca sempre reações da velha imprensa, o dinheirão que destina ao "agronegócio" (esses recordes dependem de incentivos dados por muito dinheiro público) nem é lembrado quando se exalta o sucesso financeiro dos fazendeiros. Assim como não fala no uso intensivo de agrotóxicos que envenenam os alimentos, as condições de trabalho dos boias-frias e até o trabalho escravo, além da destruição ambiental que as monoculturas causam.
Do Blog do Planalto.
Exportações do agronegócio registram US$ 94,59 bilhões e batem recorde histórico
As exportações brasileiras do agronegócio registraram recorde histórico em 2011, somando US$ 94,59 bilhões, valor 24% superior ao alcançado em 2010, quando atingiu a marca de US$ 76,4 bilhões. O bom desempenho fez de 2011 o melhor ano para a balança comercial do agronegócio desde 1997. A meta do governo federal para 2012 é ultrapassar US$ 100 bilhões, com estimativa de 5,7% de crescimento, segundo o Ministério da Agricultura. Os produtos do complexo soja – grãos, farelos e óleo – foram os que mais contribuíram para o crescimento nas vendas externas e os que registraram o maior valor de exportação, sendo responsáveis por 38,7% do crescimento total de US$ 18,15 bilhões no agronegócio. Em seguida, encontram-se o café (16,4%), os produtos do complexo sucroalcooleiro (13,2%), as carnes (11,1%) e os cereais, farinhas e preparações (8%).
A íntegra.