quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Por que o metrô de BH não sai?

Ontem, em Belo Horizonte, a belo-horizontina Dilma revelou que repassou R$ 1 bilhão para a prefeitura fazer as obras de ampliação do metrô da capital. Como se sabe, nada foi feito, a não ser, há alguns dias, buracos na Praça Sete que seriam para serviços de sondagem. O próprio vice de Lacerda, Délio Malheiros se encarregou de denunciar, no final de junho passado, quando ainda era candidato de oposição ao prefeito, que esses furos seriam feitos, mas se tratava de uma armação com fins eleitorais. O prefeito demorou alguns meses, mas fez os buracos, e hoje o vídeo com a entrevista de Malheiros é campeão de acessos na internet.
A questão, que a imprensa não investiga, porque não faz mais isso, como demonstra o caso do julgamento do mensalão, é: o que aconteceu com o dinheiro? Por que a obra não começou ainda? Que os governos tucanos privilegiam o transporte individual e não cuidam do transporte coletivo é fato, basta ver que Aécio gastou mais de R$ 1,6 bilhão para construir o Centro Administrativo, mas não fez uma linha de metrô para atender o aumento colossal do tráfego para a região. Lacerda, por sua vez, inaugurou a nova Antônio Carlos e alguns meses depois começou a quebrar tudo para fazer outra obra, do BRT. E criou "ônibus de luxo", com tarifa mais cara e que não aceitam aposentados e outros isentos.
Os fatos evidenciam que, se os belo-horizontinos quiserem transporte coletivo de qualidade, a esperança é eleger Patrus, já que ele privilegia os interesses coletivos e o governo federal tem o dinheiro para o metrô.
A propósito, o jornal Hoje em dia, que costumava se destacar por sua independência, já não é mais o mesmo, pelo menos no noticiário político: sua cobertura da eleição municipal é medíocre e no julgamento do "mensalão" engole tudo que a imprensa nacional protofascista diz.

Do jornal Hoje em Dia.
Em comício para Patrus, Dilma parte para o ataque a tucanos  
Ezequiel Fagundes, Lucca Figueiredo e Humberto Santos
Em um discurso inflamado, no comício em favor da eleição do ex-ministro Patrus Ananias (PT) à Prefeitura de Belo Horizonte, realizado nesta quarta-feira (3/10/12), na região do Barreiro, a presidente Dilma Rousseff (PT) disparou contra o senador Aécio Neves (PSDB). O tucano, avalista da reeleição do prefeito Marcio Lacerda (PSB), na última segunda-feira, em ato no Centro da capital, chamou a presidente de "estrangeira". "Não saí de Belo Horizonte para ir à praia. Saí porque era perseguida pela ditadura”, disse a presidente.
No discurso, a presidente também rebateu as críticas dos tucanos de que não estaria repassando recursos para Minas. Ela afirmou que repassou R$ 1 bilhão para o metrô e que a atual gestão do prefeito Márcio Lacerda não realizou as obras.Dilma comparou o governo do ex-presidente Lula com o do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso. "No outro governo (era FHC), Minas recebeu R$ 530 milhões. Lula deu R$ 3,7 bilhões para Minas", afirmou a presidente.
Criticada pela oposição por ter vetado a emenda que garantiria o recálculo dos royalties do minério, a presidente justificou a medida, dizendo que o minério deve pagar royalties como paga o petróleo. "Diferente do projeto atual que vetei", lembrou.
Sobre o apadrinhado à Prefeitura de Belo Horizonte, Dilma disse que Patrus "é um homem direito, honesto e capaz". "Hoje, o Brasil é respeitado em todo o mundo e Patrus é um dos grandes responsáveis por isso. Ele sabe que nada, absolutamente nada, é mais importante do que as pessoas", elogiou a presidente.
A coligação petista não confirmou, mas o ex-presidente Lula, que não participou do comício de ontem, pois estava em agenda em São Paulo, pode participar, na sexta-feira, de carreata em Belo Horizonte na véspera da eleição. A íntegra.