O que tornou "grande" a imprensa de direita -- desde os tempos de Assis Chateaubriand, o fundador dos Diários Associados, cuja importância hoje é limitada, mas já foi gigantesca -- foi, em grande parte, o dinheiro público, nas formas de subsídios para compra de papel e equipamentos, empréstimos do Banco do Brasil e publicidade oficial. A "grande" imprensa brasileira recebe mensalmente polpudas verbas publicitárias dos governos federal, estaduais e municipais, que contribuem consideravelmente para sustentá-la. E para que é mesmo que os governos anunciam? Que utilidade tem essa publicidade? O senador Roberto Requião é o oposto de outro senador, tucano, mineiro, que, quando foi governador, cortou dinheiro de educação e saúde para gastar com publicidade e é adorado pela "grande" imprensa mineira.
Do blog Viomundo.
Requião: Não me arrependo de ter extinto a publicidade oficial quando governador do Paraná
por Luiz Carlos Azenha
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) tem feito discursos relevantes no Congresso.
Porém, os discursos do senador peemedebista recebem escassa repercussão na mídia.
Existem dois motivos para isso, segundo Requião: quando governador do Paraná, ele cortou todos os gastos com propaganda oficial do Estado, que haviam sido — em valores corrigidos — de R$ 2,5 bilhões nos quatro anos do governo anterior, de Jaime Lerner.
Investiu em escolas e hospitais (seria uma boa ideia o governo Dilma fazer o mesmo com os R$ 161 milhões que gastou com a mídia em um ano e meio?).
Além disso, também quando governava o Paraná, Requião diz que expulsou do Estado o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o empresário Fernando Cavendish, o que rendeu a ele acusações na revista Veja. Quem assinou a reportagem-denúncia?
O senador dá a resposta na entrevista abaixo, na qual também fiz a pergunta que tem sido feita por comentaristas do saite: ele está em campanha para o Planalto?
A íntegra.