terça-feira, 2 de outubro de 2012

Ministro do STF condena o "continuísmo" do PT

Os ministros do STF estão tão envolvidos no ambiente que se formou para "punir exemplarmente o PT" que não conseguem esconder a motivação ideológica e política -- não jurídica -- que move seus votos, como se vê na notícia abaixo. O simplório presidente do tribunal só falta dizer que se trata de um julgamento político do PT: o partido queria ficar no poder mais de dois mandatos, onde já se viu?

Da Agência Carta Maior. 
STF condena 12 após falas contundentes contra a corrupção
O presidente do STF, Ayres Britto, classificou o "mensalão" como "projeto de poder ideológico-partidário de inspiração patrimonialista, viabilizado pela arrecadação criminosa de recursos públicos e privados para aliciar partidos e corromper parlamentares e líderes partidários", "projeto de continuísmo governamental para muito além de dois períodos quadrienais sucessivos", tudo isto sob "controle metodológico e domínio funcional do Partido dos Trabalhadores", disse.
O ministro Marco Aurelio Mello também defendeu que o dinheiro operacionalizado pelo publicitário Marcos Valério serviu para a compra de sustentação política no Congresso, afastando a hipótese de caixa 2 para campanhas eleitorais. Um tanto quanto confuso, porém, Marco Aurélio disse que "muito embora a verificação se faça no campo de uma certa ambiguidade, houve, sem dúvida alguma, a partir da entrega dos numerários, atos de ofício, nas diversas votações procedidas na Câmara dos Deputados". O ministro apontou que o esquema serviu para aprovar determinadas reformas, "sofrendo com isso a própria sociedade brasileira".
A íntrega.