quarta-feira, 31 de julho de 2013

A luta dos jovens e da nova imprensa contra a PM

O problema não é a polícia, ela é instrumento dos poderosos; o problema também não são todos os policiais, mas uma minoria que prejudica a imagem de todos. A questão é que a PM conserva a estrutura militar montada na ditadura, que alimenta a corrupção e a criminalidade; é despreparada para lidar com manifestações populares, que devem ser acompanhadas por polícia civil e desarmada, como os manifestantes. Não apenas o estudante não jogou o coquetel molotov, como ele foi arremessado por um policial infiltrado, como mostrou um vídeo da imprensa ninja.

Da revista Fórum.
Justiça arquiva processo contra acusado de lançar coquetel molotov durante manifestação 
A Justiça do Rio de Janeiro arquivou o processo contra Bruno Teles, estudante acusado de lançar um coquetel molotov contra policiais militares e de portar outros explosivos durante manifestação em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual do Rio de Janeiro. A decisão pelo arquivamento do processo foi tomada pela juíza Ana Luiza Coimbra Nogueira, da 21ª Vara Criminal, atendendo solicitação do Ministério Público.
O Ministério Público constatou que vídeos da manifestação comprovam que Bruno não estava no local de onde foram arremessados os coquetéis molotov. O órgão considerou que a palavra do PM que prendeu o estudante não é "indício suficiente de autoria para justificar a deflagração da instância penal, em não havendo outras provas". O MP também solicitou que a conduta do policial que prendeu Bruno seja investigada.
Durante a mesma manifestação em que Bruno foi detido, dois repórteres do Mídia Ninja foram presos sob acusação de incitação à violência. Por conta da prisão de manifestantes durante o protesto, uma multidão se concentrou em frente à 9ª Delegacia de Polícia do Catete até que os midialivristas fossem libertados, assim como outras oito pessoas detidas pela PM, o que ocorreu no mesmo dia em que foram presos. Somente Bruno continuou preso, mas no dia seguinte conseguiu um habeas corpus e foi liberado para responder o processo em liberdade.
A íntegra.