A história cabulosa que envolve a Globo e a funcionária da Receita Federal Cristina Maris Meinick Ribeiro, várias vezes processada, condenada, e ainda assim aposentada "por invalidez".
Do blog Viomundo.
Nossos aliados para esclarecer o papel de Cristina no Globogato
por Luiz Carlos Azenha
É notável o esforço dos internautas e tuiteiros para esclarecer o caso do processo de sonegação fiscal da Globopar, desatado a partir da denúncia do blog O Cafezinho, de Miguel do Rosário, que batizou de Globogate (Globogato, segundo o leitor Teo Ponciano).
Muitas vezes, no entanto, este esforço acaba esbarrando na falta de experiência para apurar uma notícia sem margem de erro, ou seja, sem o risco de cometer barrigas amadoras, de fazer acusações infundadas, propagar teorias falsas ou simplesmente espalhar boatos de forma irresponsável.
Por isso, é importante ter gente de altíssima qualidade profissional interessada no caso de Cristina e do Globogato.
TC é um deles. Jornalista experiente e premiado, rato de internet, é
um dos melhores apuradores que conheci ao longo de 40 anos de carreira.
Foi quem me passou, no início da noite de 8 de julho, as páginas do
Diário Oficial com a condenação de Cristina Maris Meinick Ribeiro pelo furto do processo da Globopar de uma repartição da Receita Federal no Rio de Janeiro.
Foi a partir delas -- e apenas delas -- que publicamos nosso texto a
respeito, com algumas horas de defasagem devido ao processo de checagem
essencial para quem tem responsabilidade jornalística e não sai por aí,
chutando desde o centro do planeta e, portanto, bem longe do Brasil.
LL -- chamemos assim, por motivo de sigilo profissional -- conhece todo
o submundo do Rio de Janeiro. É um rato de cartório. Conhece gente na
política, na polícia, no Ministério Público, na extinta mas atuante
“comunidade de informações” da ditadura militar. LL tem duas dúzias de
prêmios por investigações jornalísticas. Não, não é um homem da era
Google. É de bater perna, conversar, fofocar com vizinhos e porteiros,
buscar documentos, fotografar, cruzar dados e mergulhar no submundo.
Respira isso. A combinação de LL com os fuçadores das redes sociais é
mortal!
Nenhum dos dois -- nem LL, nem TC -- é ansioso. Ambos sabem que holofotes são a pior companhia para quem quer chegar à verdade.
A íntegra.
Do Diário do Centro do Mundo.
"Receita do Rio tem o nome de quem está por trás do sumiço do processo de sonegação da Globo"
O Diário manteve contato com uma fonte da Receita Federal. Algumas
informações adicionais ao Escândalo da Globo foram trazidas à luz.
A fonte disse ao Diário que Cristina Maris Meinick Ribeiro, a
servidora pública da Receita Federal que recebeu uma condenação de
quatro anos e 11 meses de prisão da 3ª Vara Criminal Federal do Rio de
Janeiro por extraviar um processo em que a Globo era instada a pagar 615
milhões de reais em dinheiro de 2006, era “uma laranja”. Ela não
pertencia a departamento com acesso a processos, prontuários etc. Era de
uma área burocrática da Receita.
"Ela agiu a mando ou pedido de pessoa que ocupa cargo superior e a
Receita do Rio tem o nome de quem está por trás", informa a fonte.
Se tem, por que não publica?
"O nome ainda não veio a público porque a Região Fiscal à qual
pertence o Rio de Janeiro – a 7ª – é a mais indolente e medrosa do
país", diz a fonte.
A íntegra.
Do Diário do Centro do Mundo.
O homem que deu o furo da funcionária da Receita que sumiu com o processo contra a Globo
Kiko Nogueira
O
advogado carioca Eduardo Goldenberg, 44 anos, morador da Tijuca, tem
algumas dúvidas na vida, mas pelo menos duas certezas: "1) Quem começou a
foder o Brasil foi a Globo; 2) O que a Globo quer eu não quero".
Foi
ele quem descobriu a ação do Ministério Público que condenava a
funcionária da Receita Cristina Maris Meinick Ribeiro por sumir com o
processo contra a Globopar. "Eu vi os artigos sobre a dívida de 600
milhões. Quando disseram que o processo havia desaparecido, fui atrás.
Pesquisei no saite Consultor Jurídico e em outros lugares até encontrar a
história do sumiço", diz.
Uma vez com o número do processo,
escreveu um post no Twitter avisando alguns blogueiros, que deram a
notícia. Goldenberg é um farejador incansável e que trabalha sozinho
(embora tenha boas fontes). A revelação teve ampla repercussão -- mas ele
nem sempre foi creditado como autor. "Meus amigos ficaram putos com
isso. Eu não. Como não sou pavão, deixei para lá. Muitos desses
blogueiros progressistas têm os mesmos vícios dos caras do PIG."
Não foi a
primeira vez que Goldenberg deu um furo. Num domingo, há dois anos,
estava tomando cerveja quando um conhecido lhe telefonou contando que
Aécio Neves fora parado numa blitz da Lei Seca. Ele pôs no Twitter. "Em
25 minutos, aquilo estava nos jornais do país todo." Em 2010, publicou
em seu blog Buteco do Edu
cópias dos editais do Diário Oficial em que as filhas de Soninha
Francine eram nomeadas para cargos públicos na prefeitura de São Paulo.
A íntegra.