Turnê do papa hermano vai custar R$ 118 milhões aos cofres públicos brasileiros -- além das 330 árvores que já foram derrubadas para uma missa campal.
Do Diário do Centro do Mundo.
Quem vai pagar a conta da turnê milionária do papa no Brasil?
Kiko Nogueira
O austero papa Chico estará no Rio de Janeiro entre 23 e 28 de julho para a Jornada Mundial da Juventude, a JMJ, um encontro que acontece a cada dois ou três anos em diversas cidades do mundo. O último foi em Madri. Os organizadores desta edição esperam um público de pelo menos 2 milhões de pessoas.
Francisco já reservou para si um quarto como o dos cardeais de sua comitiva, mais simples (estava reservada para ele uma suíte com dois ambientes, closet e cama king size). Ele tem dito que quer evitar luxos em sua estada.
Mas, se o papa quiser realmente ser coerente, poderia talvez pedir para verificarem as contas de sua turnê brasileira. Os governos federal, estadual e municipal devem gastar 118 milhões de reais com ela. A segurança, que inicialmente seria de responsabilidade de uma empresa contratada da JMJ, Dream Factory, será exercida por 10 700 homens das Forças Armadas. Aviões da FAB foram buscar os papamóveis.
Faz sentido? Ou, se alguém deveria pagar a conta da visita, não deveriam ser os católicos? Que tal um crowdfunding?
A Jornada é um negócio milionário. Tem patrocínio de várias empresas, como Nestlé, Bradesco etc. A expectativa, oficialmente, é levantar por volta de 25 milhões de reais. Estão programados shows de artistas como Ivete Sangalo, Milton Nascimento e Michel Teló. Camisetas e outros produtos estão sendo vendidos a rodo.
A íntegra.