"Chega de tevê para político babaca! A gente tá lutando por uma mídia sem catraca!"
No protesto contra a Globo, manifestantes mudam nome da ponte que homenageia falecido dono da Folha que emprestava carros para a ditadura transportar presos políticos torturados para "Ponte Vladimir Herzog", jornalista que foi morto sob tortura nos porões da dita.
Ato com vários significados. Jornalista é uma coisa, dono de jornal é outra, embora estes finjam que não, e muitos daqueles se deixem enganar. Quem homenageou o apoiador da ditadura foram puxa-sacos que não
nos representam: vereadores, prefeitos, governadores, deputados; quem homenageia Herzog é o povo das ruas.
Os da ditadura continuam aí no poder, controlando os veículos de comunicação e influentes em governos estaduais tucanos, aproveitando-se das marchas dos outros.
Não nos enganemos: o povo que sai às ruas quer mais, a velha imprensa que finge apoiar as manifestações quer menos.
No Rio, a rua onde fica a rede globo também vai mudar de nome: de Irineu Marinho para Leonel Brizola. Justa homenagem ao único político que ousou enfrentar a toda-poderosa. O que Brizola falou continua atualíssimo, mas o que ele fez não pode mais ser feito, porque o STF de Joaquim Barbosa acabou com o direito de resposta. Basta ver o vídeo abaixo para entender por que. Curiosamente, o STF revogou a Lei de Imprensa atendendo a ação movida por um deputado do PDT, o partido fundado por Brizola: Miro Teixeira, conhecido com amigão da globo e da veja.