Quando a gente pensa que já viu de tudo, aparece um ministro no Tribunal de Contas da União cuja idade varia de acordo com as vantagens que ele pode tirar. É mais um exemplo que o judiciário de Joaquim Barbosa dá ao País.
Do Diário do Centro do Mundo.
O estranho caso do ministro gato do TCU
Mauro Donato
Apadrinhado de José Sarney, o ministro Raimundo Carreiro do Tribunal
de Contas da União não chega a se comparar ao Benjamin Button do cinema.
Rejuvenesceu apenas dois anos. E só no papel.
No futebol, chamamos isso de gato. Na política, podemos chamar de rato.
A intenção do ministro foi a de adiar sua aposentadoria em mais um
biênio para, com isso, poder assumir a presidência do TCU quando chegar a
sua vez. Sim, ela chegará, é garantida.
Como "a vez" de Raimundo Carreiro só se dará em
2016 e, pela data de nascimento do ministro (até então 1946), neste ano
sua idade será/seria de 70 anos, avistou-se um problema. Aos 70 anos ele
deverá aposentar-se obrigatoriamente e seus planos de assumir a
presidência iriam por água abaixo.
O que fez Raimundo Carreiro? Deu um pulinho em São Raimundo das
Mangabeiras, no Maranhão, e retornou com uma certidão de batismo na
igreja, redigida a mão e datada de 1948.
Pronto.
Acontece que em 2006, quando nosso viajante no tempo atingiu 60 anos
de idade por ter nascido em 1946, Raimundo Carreiro não se lembrou de
nada disso e aposentou-se no Legislativo com uma remuneração de R$ 44
mil atualizados (que, é bom que se diga, ele hoje não recebe por não
poder acumular aos proventos do TCU).
A íntegra.