A única forma do Galo ser campeão hoje é jogar como campeão: ignorar a falta do Independência, ignorar os dois gols de desvantagem, ignorar o peso de um adversário que tem três títulos, ignorar o peso que a camisa carrega desde 1978 e outros pesos. Enfim, mostrar em campo, nesta partida decisiva, o futebol que o faz ser melhor do que o Olímpia, o melhor time do Brasil e o melhor das Américas. Se forem merecedores da glória que está por vir, Ronaldinho e companhia jogarão esta noite futebol de campeão e darão à massa seu maior motivo de orgulho. Que tenham força para carregar esse peso colossal!
Do blog Impedimento.
Só há um jeito de vencer
Daniel Cassol
Só há um time na obrigação de conquistar a Libertadores hoje à noite,
no Mineirão. E é o Atlético, obviamente. Impossível haver time de
futebol mais pressionado a não fracassar.
Para o Olimpia, o que vier é lucro. A despeito da folgada vantagem
conquistada na primeira partida, no Defensores del Chaco, uma eventual
perda do título não diminuiria a glória, que não tem preço, de chegar à
sétima final de Libertadores do jeito que chegou, com salários atrasados
e uma sorte de problemas e dificuldades. Se não conquistar sua quarta
Copa, o Olimpia ainda terá três delas – e o seu maior rival seguirá sem
nenhuma.
Sobre o Galo, no entanto, pesam os olhares de todos os abutres que
confortavelmente repousarão sobre o sofá das salas de estar Brasil
afora. Antes de qualquer outra categoria, os cruzeirenses e suas duas
Libertadores. E o resto dos torcedores, com ou sem Libertadores, que
desde antes do começo da competição estão esperando o momento de dizer
que sempre souberam que o Galo amarelaria em algum momento dessa
história.
A íntegra.