Segundo a senadora Kátia Abreu, presidente dos agronegociantes, essa classe social numericamente ínfima, mas que é dona de quase todo o território agrícola brasileiro e manda no Congresso. Seria muito bom, se fosse verdade, porque significaria que pelo menos o Brasil estaria revertendo o desastre ambiental que ameaça pôr fim à civilização. No entanto, não passa de uma conta maluca, que mostra como a senadora que pulou da canoa furada do DEM para o oportunista PSD não fala coisa com coisa, só cria factoides para a velha imprensa burra e reacionária publicar. O que os agronegociantes da Kátia querem é desmatar sempre mais, para produzir em novas terras, porque não conseguem manter a produtividade em terras que eles envenenam com agrotóxicos. Esse é o nível do Congresso brasileiro, esse é o nível da oposição, esse é o nível das elites que mandam no País.
Da Agência Brasil.
Instituto Chico Mendes rebate números apresentados pela CNA
Pedro Peduzzi
Brasília – O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) criticou hoje (12) uma série de dados apresentados no último dia 10 pela presidenta da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu. De acordo com a entidade, não há fundamento na afirmação de que a criação de áreas protegidas represente diminuição do tamanho das áreas de produção agrícola.
Em entrevista coletiva, Kátia Abreu, que é senadora pelo PSD do Tocantins, disse que o país corre risco de reduzir em 48,8 milhões de hectares a área de produção agrícola, entre 2011 e 2018, caso sejam mantidas as médias de demarcação de terras indígenas e de unidades de conservação ambiental dos governos Fernando Henrique Cardoso e Lula. Segundo a senadora, mantendo-se essa média, em 2031 o país terá perdido todas as áreas de produção agrícola e, em 2043, todo o território nacional seria ocupado por unidades de conservação e terras indígenas.
De acordo com o ICMBio, criar unidades de conservação não representa ameaça à produção rural no Brasil, nem tampouco é impedimento para o crescimento da agropecuária, como prova o forte aumento da produção de grãos nos últimos 16 anos. O desafio do setor agrícola deve ser, segundo o instituto, a permanente busca pela eficiência no processo produtivo nas áreas já ocupadas.
A íntegra.