terça-feira, 1 de novembro de 2011

A intolerância na internet

Como sempre, vale a pena ler o Sakamoto.

Do Blog do Sakamoto.
Quanto custa um blogueiro?
Hordas de leitores desgostosos de uma opinião que não a sua partem para o ataque, a todo o momento, por estas bandas. Bem, muitos de vocês já viram os diversos casos, alguns mais patológicos, outros menos (para entender os diferentes tipos que povoam os blogs, sugiro a série publicada tempos atrás pelo grande Maurício Stycer). No final das contas, é divertido e não me importo. Até porque a senhora minha mãe não é frequentadora da rede mundial de computadores… Uma das tentativas mais interessantes de agredir é sugerir que o jornalista “leva um por fora”, seja por fazer parte de uma organização não-governamental (e, como sabemos, toda a ONG tem pacto com o Tinhoso), seja por publicar denúncias contra empresas e governos. Se é algo que atinge a administração Dilma, é um tucano. Se é uma crítica à administração Alckmin, dá-lhe petista. Se é crítico a uma grande obra de engenharia que está engolindo comunidades tradicionais, o sujeito é um bastardo vendido para o Tio Sam por um mísero iPhone. Ou um Homem das Cavernas, que não ousa ver a terra brasilis alcançando o destino deveras glorioso para o qual estava abençoado desde que se deitou no berço esplêndido de sua fundação (porque, na internet, não basta ser conservador, tem que ser rococó). Tem muita gente vendida por aí? Ah, sim, claro. Em todas as profissões e classes sociais, diga-se de passagem – porque a falta de ética não é monopólio de figuras públicas ou políticas. Além do mais, cada um vende sua voz ou força de trabalho para quem quiser, vivemos em um país livre (sic). Uma das características do Reino do Mercado é que faz parte do jogo tentar precificar as relações humanas e os posicionamentos pessoais. Pode-se até comprá-los.
A íntegra.